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O iraniano: "Irã jogará à espera de um erro argentino"

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Irã e Argentina se enfrentaram neste sábado (21/6) pela segunda rodada do Grupo F em Belo Horizonte. A Argentina se orgulha de seus maravilhosos meio de campo e ataque, e do lado oposto é difícil encontrar maneira de furar a persistente defesa do Irã.

O ataque argentino terá de usar todo o seu talento para isso, e é exatamente esse ponto que causou diferenças ente Lionel Messi e o treinador Alejandro Sabella no intervalo da partida contra a Bósnia. O treinador prefere usar um esquema 5-3-2, e o superastro prefere o 4-3-3 e um estilo muito mais ofensivo.

O desempenho da seleção de Carlos Queiroz contra a Nigéria mostrou que derrotar o Irã não é tão fácil, e o ponto forte da equipe está na disciplina da defesa e no espírito de equipe dos iranianos, como declarou o técnico em diversas entrevistas.

O antigo treinador do Real Madrid também disse ter preparado algumas surpresas para o adversário, que está entre os grandes favoritos da competição. Quando perguntado se teria uma surpresa para a Argentina como as que teve para a Nigéria, ele fez uma careta e respondeu "talvez mais de uma!"

Ashkan Dejagah, atacante do Fulham e companheiro do treinador na entrevista coletiva, confirmou, dizendo que "talvez tenhamos algumas surpresas para eles".

Irã e Argentina se enfrentaram apenas uma vez, antes da revolução islâmica iraniana, em um torneio pelo aniversário do Real Madrid, no Santiago Bernabeu. Há 37 anos, um ano antes da Copa da Argentina, eles ficaram em um empate por um a um, e a Argentina seguiu adiante no torneio depois de vencer nos pênaltis.

Por conta das sanções e dos problemas financeiros, o Irã não joga contra as grandes equipes do futebol mundial há tanto tempo que Queiroz sugeriu que seus jogadores deveriam aproveitar bem a partida contra a Argentina.

"A felicidade bateu à nossa porta e não devemos perder a oportunidade. Essa é uma chance que meus jogadores talvez só tenham uma vez", ele disse. "Não trocaríamos esse jogo por nada, nem que nos dessem um monte de dinheiro. Alguns dos nossos jogadores talvez contem sobre essa partida aos seus netos, no futuro, dizendo que jogaram contra Messi. Vamos todos aproveitar essa partida".

Depois do empate contra a Nigéria, o Irã agora está muito mais esperançoso de que a federação do país aumente o bicho de US$ 10 mil por vitória e US$ 6 mil por empate, no jogo da Argentina, contando com a premiação da Fifa aos jogadores de cada partida. Além disso, Ali Kafashian, presidente da federação iraniana de futebol, anunciou em entrevista coletiva à imprensa de seu país que se o Irã passar às oitavas de final, o prêmio de US$ 1 milhão da Fifa pela classificação seria dividido entre os jogadores.

Mas todos sabem o quanto é difícil, mesmo para as potências do futebol, arrancar um ponto contra a Argentina. A equipe tem um grupo de jogadores excelentes, a começar por Lionel Messi. Quem ainda tem dúvidas? Ele marcou 42 gols em 40 partidas pelo seu time e pela seleção argentina em 2014. Angel Di María teve uma temporada soberba e um papel impressionante no Real Madrid. Ele faz a ligação entre a defesa e o incrível ataque da Argentina. E a lista não termina nele. Há muitos outros nomes, como Sergio Agüero (Manchester City), Gonzalo Higuaín (Napoli), Mascherano (Barcelona) e ainda outros.

É por isso que Carlos Queiroz define sua missão como muito difícil e pede que a Fifa permita que ele escale 14 jogadores contra a Argentina. "Só um milagre permitiria uma vitória do Irã contra a Argentina. Como se pode enfrentar Messi? Gostaria que a Fifa permitisse que escalássemos 14 jogadores contra a Argentina. Todos os jogadores desta seleção me preocupam —Di María, Higuain, Mascherano, todos jogadores maravilhosos. É a melhor partida de nossa história, vamos tentar manter a calma e o espírito de equipe. Prometi que meus jogadores entrariam em campo pensando nos torcedores e no povo iraniano, e que lutariam com muito espírito e motivação. Ainda temos o mesmo plano de rota que tivemos contra a Nigéria, mas é difícil controlar o garotinho —Messi, quero dizer".

Depois do sorteio que colocou o Irã no grupo da Argentina, alguns torcedores brincaram com Messi chamando-o de "cobre". (Em farsi, "messi" quer dizer cobre), no Facebook e nas mídias sociais, mas a federação iraniana de futebol, a mídia e artistas do país reprovaram esse tipo de comportamento. Kafashian, da federação iraniana, disse que embora o país não pretendesse se desculpar com Messi lhe dando tapetes persas ou presentes, "nossos torcedores vão provar que gostam de astros como Messi; devemos usar o fair play quanto a ele e nossos torcedores precisam respeitá-lo", declarou o dirigente.

Hoje, porém, pode ver o fim das piadas no Irã e mais três pontos para a Argentina. Depois que o Irã foi sorteado para o grupo da Argentina, surgiram muitas piadas nas redes sociais do Irã, por exemplo a de que os iranianos jogaria contra a Argentina no esquema 1-10-0-0, ou a de que Messi tinha pesadelos todas as noites com os marcadores iranianos, e muitas outras coisas. Mas não devemos esquecer Carlos Queiroz. Ele tem alguns truques contra a Argentina em mente, e sua filosofia, claro é a de que "nós vamos esperar. Esperar pelos erros. Um só será suficiente".

Tradução de PAULO MIGLIACCI

Kamran Ahmadpour é jornalista. Foi editor do semanal "Football Asia" e editor do diário "90"

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