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Torcedores 'invadem' Amazônia e criam 'hora do rush' no turismo de selva

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Congestionamento de barcos, filas para alimentar botos, e espera para assistir a um ritual indígena. Na Copa da Amazônia, os torcedores invadem a selva e mudam a rotina do turismo ecológico.

Única sede do Norte, Manaus faz jus ao nome de seu estádio -Arena Amazônia- e vê uma invasão de torcedores que aproveitam o Mundial para desbravar a floresta.

Neste domingo (22), a cidade aguarda um batalhão de americanos para o jogo entre Portugal e Estados Unidos, que vale a sobrevivência da equipe de Cristiano Ronaldo no torneio ou a classificação dos ianques.

Os Estados Unidos lideraram o ranking de bilhetes comprados para a Copa, e foram o país que nos últimos anos mais enviaram turistas a Manaus, de acordo com a Embratur. Por essas e outras, o governo do Amazonas diz esperar pelo menos 35 mil americanos.

Na cidade, o largo do Teatro Amazonas e bares próximos, além da Fan Fest, na praia da Ponta Negra, viraram os redutos dos turistas.

Mas um passeio de barco pelo rio Negro, como o que a Folha acompanhou na sexta (20), mostra que eles também estão espalhados pela floresta. E que, até no meio da selva, a Copa é uma torre de Babel. Barcos lotados, com turistas de inúmeras nacionalidades, surgem por todos os lados, entre igapós -floresta alagada- e praias fluviais.

A reportagem seguiu o roteiro padrão oferecido pela maioria das agências e barqueiros, que previa deslocamentos de até uma hora a partir do porto de Manaus.

Para tirar fotos com jacarés e preguiças ("o que é isso?", perguntavam-se alguns estrangeiros), era preciso paciência enquanto os bichos passavam de colo em colo.

"Tem sido divertido, Vimos o encontro das águas e eu segurei uma cobra! Também é bacana estar na cidade com as pessoas, apoiando as pessoas, no centro, perto do teatro. É legal estar perto das outras nações", disse a professora americana Erica Simosan, 22, ao lado do marido.

Em outro ponto do trajeto, entrar na água e alimentar os botos era um exercício de paciência. Em um flutuante no meio do rio -onde ingleses torciam pela Itália pela TV-, turistas chegavam aos montes, aguardando sua vez. O chefe do local se descabelava aos gritos, marcando o tempo dos grupos dentro da água.

"Nunca foi assim, mas desde que começou a Copa é essa loucura. Gente de todo lado mesmo", disse um ribeirinho que ajudava na correria.

A última parte do passeio era a visita a uma etnia indígena, os dessanas. Após espera pelo último grupo, os turistas acompanham uma mistura de danças e coros. Depois de cinco minutos, as índias convidam os homens, e os índios, as mulheres, para participarem do ritual.

"Geralmente a gente faz cinco músicas, e só então convidamos os turistas a participarem. Mas desde que começou a Copa, fazemos só duas músicas e já puxamos os turistas", afirmou José Maria Vaz, 38, o Diakuru, filho do pajé da tribo. "É gente do mundo todo, o dia inteiro."

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