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O russo: "O tempo do nervosismo acabou. Hora de jogar futebol"

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"Frangueiro". Esta é uma palavra em português que agora nós, russos, aprendemos muito bem. Um dos melhores jogadores cometeu um erro banal no primeiro jogo contra a Coreia e agora todos estão comentando sobre o nosso time, especialmente sobre a terrível gafe do Akinfeev. Claro que isso desestabiliza. E antes do jogo mais importante no grupo (nós acreditamos que Rússia e Bélgica vão decidir quem será o primeiro) a atmosfera no nosso time é bem apreensiva.

Bem, não há desentendimento ou algo do tipo acontecendo dentro do vestiário, mas pode-se perceber que os jogadores russos estão preocupados. Eles sabem que a Coreia honestamente é o time mais fraco do grupo e era essencial começar o campeonato com uma vitória. Pontos muito importantes foram perdidos e agora temos que ganhar da Bélgica se quisermos seguir na competição para as oitavas de final. Senão, no último jogo nós vamos jogar pela segunda vaga com a Argélia e mesmo que nós tenhamos sucesso o clima não seria o dos melhores —ninguém quer enfrentar a Alemanha. Só para lembrar, no mata-mata os times do nosso grupo enfrentarão os do grupo G.

A falta de confiança não vem só do erro do nosso goleiro. Felizmente, ninguém o culpou diretamente Akinfeev pelo "frango". Mas outra coisa é alarmante: a Rússia estava muito cautelosa contra a Coreia. Começou a jogar só depois que levou o gol e antes disso era possível dormir assistindo à forma como os russos levavam a bola pelo campo. Era muita cautela mesmo para aqueles que elogiam o estilo "catenaccio" e o de Capello.

Depois do jogo, os russos admitiram que alguns deles estavam muito estressados. Podemos dizer que eles se sobrecarregaram mentalmente uns aos outros. Não é tão fácil assim jogar um jogo de Copa do Mundo pela primeira vez. Aliás, apenas um jogador da Rússia tem essa experiência, seu nome é Kerzhakov e foi ele quem fez o gol contra a Coreia e salvou a Rússia da catástrofe. Coincidência? Eu não acho. Seus joelhos estavam tremendo 12 anos atrás no Japão, não agora.

Na coletiva de imprensa, Wilmots, o técnico da Bélgica, disse que a Rússia não mostrou um futebol revolucionário contra a Coreia e ficou muito parada. Eu concordo plenamente. E da mesma maneira eu recomendaria fortemente a Capello transmitir essas palavras para os nossos jogadores.

Talvez, depois disso, eles esquecerão do nervosismo e mostrarão que não apenas Hazard, Kompany e Lukaku podem jogar um bom futebol. Talvez os nomes russos não sejam tão conhecidos. Mas na Rússia, o futebol não se pauta em estrelas. Lá, o futebol se trata de espírito de equipe.

Esperamos que o nervosismo do nosso time tenha passado. Já estamos na briga, portanto, não há necessidade de se pensar muito e se preocupar. É hora de jogar um futebol forte e mostrar para o mundo que a Rússia não é um time modesto, mas, sim, um time batalhador e experiente.

O Maracanã favorece os fortes!

Tradução GIOVANNA SALERNO

Editoria de Arte/Folhapress
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