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O australiano: "Não fizemos um milagre como a Costa Rica, mas ganhamos respeito"

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"Tudo o que acontece uma vez, pode não acontecer de novo. Mas tudo o que acontece duas vezes, certamente acontecerá uma terceira vez." (Paulo Coelho, "O Alquimista")

OK, eu sei que, como no último artigo, cito o mesmíssimo livro para começar minha coluna. Pode me chamar de preguiçoso se quiser, mas é que essas palavras soam ainda mais verdadeiras desta vez.

Depois que Austrália e Espanha jogaram suas primeiras partidas nessa Copa do Mundo, seus torcedores tinham esperança de que o que se passou seria único. Que aquilo não poderia ocorrer uma segunda vez.

Mas certamente aconteceu —os "Socceroos" australianos perderam de 3 a 2 para a Holanda e a derrotada La Roja espanhola caiu por 2 a 0 para a sua antiga colônia, o Chile.

Para um dos times, a premonição de Coelho se tornará verdadeira na segunda-feira (23/6). Vamos ser honestos: nós já sabemos que provavelmente não será a Austrália.

Mesmo assim, não podemos dizer ao certo que não irá acontecer. Não nessa Copa do Mundo em que tudo pode acontecer —e na qual tudo já está acontecendo. Essa não é a Espanha que admirávamos e temíamos, na mesma medida. Independentemente se a Austrália ganhar ou perder em Curitiba, este foi um torneio para ser lembrado em nosso país.

Claro, seria maravilhoso se realizássemos um verdadeiro milagre, como a Costa Rica. Nós não o fizemos, mas creio que ganhamos respeito. Isto é o que as pessoas na rua me dizem (ou será que vocês são educados demais para me dizerem quão mal nós jogamos?).

Tenho curtido tantos jogos neste torneio, cada um com seu próprio enredo e narrativa, que me parece egoísta nomear um jogo australiano como o melhor da fase de grupos. Entretanto, se você viu o que aconteceu em Porto Alegre na última quarta-feira (18/6), você saberá porque.

Foi um jogo disputado por mais de 90 minutos. Foi brutal, mas bonito. Duro, mas elegante. Rápido, mas pensado. Ninguém sabia o que aconteceria em seguida —menos ainda os jogadores e treinadores— e isso foi precisamente o que o tornou tão cativante.

Uma observação interessante veio de um comentarista italiano que assistia ao jogo pelos olhos da Azzurri. "Quando a Austrália aprender a arte da defesa até que esta se equipare com a sua energia no restante do campo, será impossível detê-la."

Todos aplaudiram o esforço australiano no estádio Beira-Rio, mas eu posso lhes dizer que os jogadores não estão a fim de receber elogios. Eles são profissionais, eles querem ganhar. Eles estão mais irritados do que você imagina. Eles também acreditam que podem derrotar a Espanha.

Eu não acho que irá acontecer, especialmente porque a Austrália está sem seu melhor jogador, Tim Cahill. Dois cartões amarelos e, de repente, sua carreira na Copa do Mundo terminou. Mesmo assim, nem todos os jogadores marcam o gol de suas vidas no melhor jogo da sua vida. Acho que ele sai com uma nota alta.

Os "Socceroos" também sentirão falta de Mark Bresciano, o que significa que o time que entrará em campo será um time quase sub-23. De fato, Vicente del Bosque deveria gastar mais tempo se preocupando com a Andorra, do que com a Austrália.

Porém, o lado espanhol está tão destituído de confiança que eu não posso deixar de sentir que algo pode dar errado de novo para eles. O treinador certamente escalará Xavi e Pique e nós nunca saberemos ao certo porque ele os deixou de fora, para começo de conversa. Xabi Alonso questionou o condicionamento físico e o desejo de seus colegas, e então anunciou que este seria seu último jogo.

Embora eles devam vencer facilmente, dadas as diferenças de salários e de habilidades, eu percebo com interesse como a imprensa espanhola vem tratando a ocasião.

"Espanha sairá da Copa do Mundo com um jogo insignificante", diz uma manchete do jornal espanhol Marca, seguido por: "Cumprindo as formalidades contra a Austrália".

Algo não está certo, o que dá a Austrália a chance, não importa quão pequena, de desafiar Casillas, Cazorla e Costa, e especialmente, Coelho.

Tradução JULIANA CALDERARI

Editoria de Arte/Folhapress
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