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O português: "As malas estão à porta"

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A seleção portuguesa tem os dias contados no Campeonato do Mundo. Resta-nos torcer pelo Brasil, país de contrastes, de uma beleza enorme e com um povo que fica no coração de todos

Já são muitos dias no Brasil, mas dá sempre vontade de ficar mais algum tempo. A família e os amigos esperam-nos em Portugal, mas as saudades são combatidas pelo Skype.

O regresso pode esperar, embora saibamos que a nossa sorte está nas mãos e nas luvas de jogadores que até ao momento não fizeram nada para seguir para as oitavas.

A descrença é enorme e as malas já estão preparadas em Campinas. Há que desfrutar das coisas boas deste país que fica no coração dos portugueses.

Para quem, como eu, já conhecia o Rio de Janeiro, Belém e Recife, agora o Mundial deu-nos a oportunidade de conhecer Campinas, Salvador, Manaus e Brasília.

É pouco para um país tão grande e com tanta beleza. Conhecemos cidades fantásticas, de contrastes. Até as zonas mais velhas têm o seu encanto, muitas vezes coloridas pela simpatia do povo brasileiro. Manaus, por exemplo, fica lá no coração da Amazônia e no coração dos portugueses. Têm sido dias fantásticos e a vontade que dá é de ficar mais algum tempo —ou de voltar um dia.

A insegurança que reina em muitos pontos do Brasil tem de ser combatida por cada um de nós com inteligência, evitando a exposição em horas e locais inoportunos. Por vezes, pode acontecer de estar no local errado à hora errada, mas isso pode suceder em qualquer ponto do globo.

Quando voltarmos a Portugal, torcerei pelo Brasil. E nesse aspeto que me desculpe Fernando Santos, o técnico grego. Gente boa, merece tudo de bom, mas dele já ninguém tira o mérito de ter sido o primeiro a levar a Grécia às oitavas de uma Copa.

O Mundial dele já está ganho e tudo o que vier será por acréscimo. Vou, repito, torcer pelo Brasil de Luiz Felipe Scolari, David Luiz e Ramires, um trio que tem o carinho da maioria dos portugueses. Se Felipão fez história e juntou o povo português, levando mulheres e crianças que nem ligavam para futebol a se interessarem pela seleção, já os dois jogadores passaram por Portugal e deixaram marca de qualidade, de profissionalismo e de simpatia.

E se antes eu torcia pelo Brasil, desde que Portugal não estivesse em prova, volta a acontecer agora, sobretudo desta passagem pelo país. Não é um sentimento novo para mim. Já em 1982, numa altura em que a seleção portuguesa estava quase sempre afastada das grandes competições internacionais, os portugueses habituaram-se a torcer pelo Brasil.

E que me desculpem o goleiro Waldir Peres e o atacante Serginho, mas ainda não esqueci aqueles falhaços na Copa de 1982, na Espanha.

Manuel Casaca, 44, é jornalista do diário português "O Jogo" há 20 anos e, atualmente, é editor. Desde 2004 acompanha a seleção portuguesa. Cobriu três Eurocopas (2004, 2008 e 2012) e as Copas do Mundo da Alemanha (2006) e da África do Sul (2010). No Brasil, cobre seu terceiro Mundial

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