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Análise: Mordida perturba por ferir 'ética' machista das brigas

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Temos visto nesta Copa atos bem mais violentos e perigosos do que a dentada de Suárez no ombro do zagueiro italiano Chiellini. Entradas com pé alto na tíbia do adversário, pisões impiedosos no tornozelo, cotoveladas, carrinhos criminosos.

A mordida, porém, é perturbadora. Desestabiliza o repertório da violência futebolística codificada e consentida. Evoca pulsões primais, fundadoras, psicanalíticas. A formação do ódio e da inveja. O canibalismo. Deve ser interditada como recurso ofensivo.

O que se julgou agora e nas investidas anteriores (é a terceira vez que o rapaz é flagrado com a boca na botija) não foi o "conteúdo" da agressão, mas a forma. Não foi só a violência, mas sobretudo a maneira como ela se expressou.

Há um substrato machista em cena? Impossível desconsiderá-lo. Na "ética" das brigas de meninos não vale morder, beliscar e puxar cabelo. São golpes de meninas. Elas são mais "fracas", podem recorrer a esses expedientes. Os garotos não.

Talvez tudo isso ajude a explicar um pouco essa fúria punitiva contra a mordida.

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