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Clóvis Rossi: Brasil vai indo, medíocre até nos pênaltis

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Medíocre até nos pênaltis (errar dois em cinco é feio), o Brasil, não obstante, está nas quartas de final, com uma seleção que não diverte, angustia.

Lembrei-me inevitavelmente da disputa de pênaltis na semifinal da Copa da França: vi o jogo em Amsterdã, para uma matéria do tipo "dormindo com o inimigo". A única coisa que entendi do locutor holandês foi quando ele disse que Taffarel, o goleiro da época, era um "pênalti-killer", um matador de pênaltis.

Foi. Como Júlio César repetiu neste sábado, pegando os dois primeiros chutes dos chilenos e desviando para a trave, com o olhar, o chute final.

Claro que o que interessa para os torcedores e jogadores é a classificação, mas até o insuportável ufanismo da Rede Globo reconheceu que a seleção foi mal.

Tão mal que não conseguiu vencer o Chile, derrotado com folga em três Copas anteriores.

Teve que ir aos pênaltis e, ainda assim, foi preciso esgotar toda a série de cinco.

No papel, Luiz Felipe Scolari desenhou o Brasil que tinha que desenhar, dada a conhecida carência da seleção no meio-campo: fechou a defesa, proibiu os laterais de avançar (Marcelo, por exemplo, um perigo quando joga perto do ponta-esquerda, jamais chegou à frente) e entregou a bola para os chilenos (52% de posse de bola para os visitantes, o que, em tese, é uma anomalia).

Mas anomalia justificada pela maneira de jogar do Brasil: chutão para a frente, ligação direta com o ataque, como nas partidas anteriores.

Não adiantou nada trocar Paulinho por Fernandinho, do jeito que pediram 11 de cada 10 cronistas esportivos. Não mudou nada, o meio de campo foi do Chile, que nem tem craques da posição. Tampouco resolveu trocar Fernandinho por Ramíres.

O fato é que o Brasil não tem bons jogadores de meio-de-campo. Ponto.

Pior: neste sábado, não teve um Neymar inspirado como em duas das três partidas anteriores.

Para que a tática de Felipão funcionasse, era preciso que os atacantes acertassem ao receber os chutões. Não acertaram, tanto que o goleiro chileno Cláudio Bravo fez apenas três ou quatro grandes defesas, em 120 minutos de jogo, o que é muito pouco perigo criado pela seleção que, afinal de contas, é pentacampeã mundial.

O lado chileno, por sua vez, ficou com a bola, mas não criou perigo, salvo em dois ou três lances. Marcou apenas numa falha grosseira de Hulk que passou a bola para Vargas (que pode ter jogado no futebol brasileiro, mas neste sábado vestia camisa chilena).

Vargas para Alexis Sánchez e daí para o fundo da rede, empatando o jogo - resultado que se manteria até o fim da prorrogação e foi justo.

Embora mantivesse a bola por mais tempo, os chilenos criavam menos, tanto que chutaram menos: apenas cinco vezes na direção do gol, contra 13 do Brasil.

Para manter a agonia, o último chute do jogo foi de um chileno (Pinilla), no travessão de Júlio César.

O futebol do Brasil até agora dá para eliminar os sul-americanos (nem que seja nos pênaltis), mas parece pouco para enfrentar Alemanha ou França, um dos prováveis rivais na semifinal.

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