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Pais devem se recompor e ensinar os filhos a lidar com a dor

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"Como as crianças estão reagindo com o resultado do jogo até agora?". Fiz a pergunta na rede social no início do segundo tempo da partida entre Brasil e Alemanha. As respostas vieram de imediato, e mostraram diversidade no comportamento. Muitas estavam chorando, inconformadas, e outras, as menores, não entendiam a situação.

Tristeza, frustração, decepção, agitação, desespero, revolta: todos esses comportamentos foram citados pelos pais. A mãe de um garoto, em especial, estava muito preocupada porque o filho, que joga bola, disse que queria morrer por causa do resultado.

Mas uma boa parte já havia desistido de assistir ao embate e, para se distrair, foi jogar... futebol, jogar videogame, brincar. E algumas simplesmente continuaram a desfrutar das guloseimas preparadas para a ocasião.

Alguns pais, antes do jogo, haviam preparado os filhos para a possibilidade da derrota. Creio que a postura não ocorreu só para a Copa, não é? Talvez por isso, os filhos tenham reagido bem: superaram o choro e a raiva rapidamente e se envolveram com sua vida; alguns continuaram a torcer até o fim.

Mas algumas crianças irão amargar por mais tempo a derrota. Certamente não serão as mais novas, com menos de cinco anos. Nessa idade, elas simplesmente podem fingir que o jogo foi outro. Ah! Que bom poder viver em um mundo de fantasias, não é?

E o que fazer com os que têm mais de sete, oito anos e que vão continuar a ter de conviver com a decepção e com a tristeza, que vão ameaçar mudar seus planos na vida, que vão querer trocar de ídolos e coisas semelhantes?

Aí está uma oportunidade de começar a ensinar aos filhos algo que tem merecido pouca importância em educação: resiliência. Aprender a equilibrar as emoções frente a situações de estresse e a enfrentar com serenidade resultados inesperados são características de pessoas resilientes. Mas é preciso saber que, para ensinar a resiliência, não se pode negar a emoção da criança. Precisamos reconhecer a tristeza, a decepção, a revolta e a frustração que elas sentem.

Apoiar, esclarecer o que for necessário, acolher o choro e a tristeza e dar um basta neles, com firmeza e sensibilidade, quando for a hora; apontar outras possibilidades, mostrar o erro como oportunidade de aprendizado; estas são possibilidades que podem ajudar. Elas precisam dos pais agora. Por isso, estes precisam, com maturidade, se recompor rapidamente das mesmas emoções que os filhos manifestam e que eles, provavelmente, também experimentaram.

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