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Para seus antigos vizinhos de Rosário, Messi é apenas Lionel

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A rua de apenas duas quadras começa em um campinho, bem pequeno. As velhas traves feitas com galhos de árvore já não existem mais. Mas naquela grama maltratada, naquela Calle Estado de Israel, cresceu -pouco, é verdade- Lionel Messi.

O "terrível" com as bolas nos pés, segundo os meninos. O "Liobol", que passava o dia com a "pelota" embaixo do braço, segundo as meninas. Esse é o Messi que retorna para o lugar que chama de lar, no subúrbio de Rosário (a cerca de 300 km da capital Buenos Aires) sempre que pode.

As festas de fim de ano Messi passou na modesta casa da sogra de seu irmão Matías, vizinha de onde ainda moram seus pais no humilde bairro chamado La Bajada.

O Natal e Réveillon foram na companhia dos velhos amigos, familiares, do filho, Thiago, e da mulher, Antonella Roccuzzo, que, aliás, conheceu na vizinhança.

"Para nós não há Messi rico ou pobre, é simplesmente ele. Segue sendo nosso vizinho", diz Marta, 73, exibindo foto autografada pelo craque (um pedido feito antes de ele ficar famoso, com medo de não voltar mais ao bairro).

Ao lado da filha, Alejandra Ferreyra, 40, a vizinha lembra que Messi -ou melhor, "Liobol"- virou o ano da Copa dançando na rua com todos. "Sem ostentar nada, é o mesmo de sempre, tímido e humilde. Aqui não temos a dimensão do que ele fez no mundo", explica Alejandra.

Eleito quatro vez melhor do mundo e às vésperas de sua primeira final de Copa, o camisa 10 da Argentina ainda é lembrado como o menino que andava de bicicleta e não largava a bola por nada.

"Gente boníssima, estão sempre aqui. Família simples como a nossa", afirma Clara Quiroz, 79. Na porta de casa, ela lembra de Celia, mãe de Lionel, grávida, caminhando pela rua "tranquila e segura". "Não há o que roubar aqui, por isso não tem ladrões".

Não há luxo ao redor, nem mesmo na casa da família Messi. "Ele gosta daqui por isso, é onde ele se sente normal", diz o amigo de infância Juan Carlo Ricci, 34.

Hoje Messi tem 27 anos e 1,69 m, mas dos 7 aos 12 já incomodava Juan Carlo, zagueiro no campinho da esquina. "Eu 'pegava' muito, mas não adiantava, ele já jogava como hoje. É terrível", lembra.

Aos 13 Messi mudou-se para Barcelona, na Espanha. Mas sempre se recolhe em seu verdadeiro lar. Antes do Mundial, passou em La Bajada. Não gostou das pinturas que fizeram no muro do antigo campinho. "Ele só gostou daquela [aponta Juan Carlos para a imagem de Messi de costas], as outras achou feias", ri o amigo que tem a mesma sogra do irmão de Messi.

Ali, naquele cantinho da cidade que viu nascer Che Guevara, o filho ilustre do século 21 na verdade é apenas o filho de Jorge e Celia, irmão de Rodrigo, Matías e Marisol. É o ex-estudante do colégio General de las Heras, que fica do outro lado do campo de futebol do exército, onde o menino já chamava a atenção. Desde sempre. Muito antes de aquele ser o bairro, a rua, a casa de Lionel Messi.

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