O Bom Senso FC espera que a derrota do Brasil para a Alemanha por 7 a 1 sirva para facilitar que o comando da CBF retome o diálogo com o grupo para discutir mudanças na estrutura do futebol no país.

O goleiro palmeirense Fernando Prass, um dos líderes do movimento de jogadores lançado em setembro de 2013, disse que a derrota foi atípica, e os atletas da seleção não podem ser considerados culpados.

"Mas se o Brasil tivesse perdido por 1 a 0, um resultado normal, talvez não fosse levantada a hipótese de mudanças e nem se criasse novos meios de discussão", declarou Prass à Folha, por telefone.

O massacre de Belo Horizonte fez com que o governo federal levantasse a bandeira de reestruturação do futebol brasileiro.

A presidente Dilma Rousseff disse em entrevista ser a favor de uma renovação que evite que o Brasil seja apenas um exportador de craques.

Essa bandeira é defendida pelo Bom Senso, que acredita que ajustes no calendário deixariam os jogos mais atraentes, com jogadores mais descansados e com menos lesões, o que atrairia patrocinadores. Com isso seria mais fácil aos clubes segurarem atletas no país.

Na próxima sexta, como informou o colunista da Folha Juca Kfouri, Bom Senso e Dilma devem se encontrar para discutir um cardápio conjunto em que o prato principal será como encher as arenas que ficarão de legado com a Copa.

"O combate à violência é o principal ponto para isso ocorrer", afirmou Prass.

	Adriano Vizoni/Folhapress
	Prass depois de um treino do Palmeiras, no CT