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Vila Madalena tem clima de velório na despedida da seleção da Copa

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Decepção no estádio Mané Garrincha em Brasília, tristeza pelas ruas do Brasil. Um clima de velório marcou a despedida da seleção brasileira desta Copa entre os torcedores da Vila Madalena.

Diferentemente de outros jogos do time de Felipão, que chegaram a reunir de 50 mil a 70 mil torcedores, lotando bares e restaurantes do bairro boêmio paulistano, os 3 a 0 da Holanda esfriaram os ânimos do público, derrubaram o samba nos botequins e acabaram com a azaração.

"Não tem gringo e restaram pouquíssimos brasileiros. Para a TV, eu nem olho. E, para piorar, está frio. Não dá nem para encher a cara", reclamou a empresária Giovanna de Faria, 32. "A Vila está uma tristeza que só."

Apoiada em um cabo de vassoura, a gari Leila Adriana Lopes, 42, assistia à derrota do Brasil pela TV de um bar na rua Mourato Coelho. "Meu coração está saindo pela boca, mas não posso esconder que estou feliz da vida que isso tudo esteja finalmente acabando", disse. "Dá uma olhada: as ruas estão limpas!"

No primeiro tempo, muitos bares e restaurantes estavam praticamente vazios. Diante da escassez de público, muitos estabelecimentos abriram mão da consumação e de cobrar ingressos. Parte retomou a prática de colocar mesas e cadeiras nas calçadas. Mesmo assim, poucos lugares eram ocupados.

Formada em gastronomia, Marina Metello, 23, definiu o clima da Vila: "O desânimo e a tristeza de um típico velório", afirmou. "Isso aqui está parecendo um amistoso no qual a torcida já não está nem aí para mais uma derrota."

ENCALHE

A Preta Pretinha foi uma das raras lojas que ficaram aberta em plena rua Aspicuelta, o que era impensável em qualquer outra partida. Na calçada da loja, tocas, cachecol, apitos e outros penduricalhos nas cores da bandeira brasileira encalharam, mesmo com descontos de 70%.

"Ninguém quer saber de comprar nada que lembre o Brasil", criticou uma das donas, Lúcia Venâncio, 42. "É o pior dia de toda esta Copa. Mas, quer saber? Para nós, é um grande alívio. Porque agora vou voltar a receber os meus clientes que sempre frequentaram a Vila."

Minutos antes de começar a partida, o major Mário Alves, 47, chegou a dizer que o público ali não superava a marcar de mil pessoas. Quando a derrota já era mais que certa, o número de frequentadores foi aumentando, como tradicionalmente ocorre nas noites de sábado na Vila.

Ao todo, 680 PMs atuaram na região, que contou também com 120 guarda-civis metropolitanos.

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