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Goleada sofrida pelo Brasil abala prestígio de famoso estatístico dos EUA

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OMG ("Ah, meu Deus", da sigla em inglês), escreveu o matemático Nate Silver no Twitter quando a seleção brasileira começava a desmoronar diante da alemã.

A implosão do time também abalou a reputação de Silver, 36, o mais celebrado estatístico americano, que tinha previsto 65% de chance de vitória brasileira, mesmo sem Neymar e Thiago Silva.

Seu site, FiveThirtyEight (538, do número de representantes no colégio eleitoral americano), apostou em junho que o Brasil tinha 44% de chances de ser campeão.

Suas previsões são levadas muito a sério nos EUA. Silver ficou famoso ao acertar quase todos os resultados em 50 Estados americanos nas eleições presidenciais de 2008 e 2012 –na maior parte do tempo, em um blog no jornal "New York Times".

Ele adora esportes e criou modelo que previa (e acertava) resultados de beisebol.

No futebol, ele usava dois sistemas que cruzavam até 10 mil simulações entre as possibilidades de resultados.

O "Soccer Power Index" (índice de poder no futebol), mede da vantagem de se jogar em casa à performance de jogadores, defesa, o peso da distância que as seleções viajaram (e do efeito do fuso horário), com peso maior nos jogos mais recentes.

Silver vive dias de Felipão. Ele escreveu no blog, abrigado e mantido pela ESPN, que o 7 a 1 é "o mais chocante resultado na história das Copas", altíssimamente "improvável". Logo depois do "Ai, meu Deus" no Twitter.

O regozijo de parte da mídia americana se deve às críticas que Silver por anos dedicou a comentaristas da TV americana, que "ignoram dados e fatos relevantes", disse Silver em entrevista à Folha no ano passado.

A Copa revelou limites da metodologia?

"As estatísticas estavam superestimando a qualidade da seleção brasileira, que exagerava nas faltas, que os juízes não marcavam", diz Zeynep Tufekci, professora-associada da Universidade da Carolina do Norte e pesquisadora do Centro de Pesquisa em Tecnologia de Princeton.

Ela sugere que "dados não estatísticos" deveriam ser levados em conta.

"Se você assiste a um jogo com três especialistas, eles contarão a quantidade de faltas não marcadas, pênaltis não merecidos e poderia perceber que os brasileiros, após da saída de Neymar, agiram como se alguém tivesse morrido em uma catástrofe", compara Zeynep Tufekci.

"Não era troca um jogador por outro como se fosse uma peça de Lego."

Silver lançou seu primeiro livro em 2012, "O sinal e o ruído", em que explicava as limitações e os erros da arte de fazer previsões.

A assessoria dele disse que o matemático estava sem tempo para responder às questões da Folha.

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