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Comemoração com jeito brasileiro dos alemães em Copacabana

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Gritos de guerra em português, funk, picanha e cerveja, mergulho no mar, batuque no teto, beijos e até provocações aos hermanos.

Acuados durante todo o dia pelos gritos e provocações de argentinos, que eram maioria na orla de Copacabana, os torcedores alemães que acompanharam o jogo da praia da zona do Rio celebraram a vitória de sua seleçāo de um jeito bem brasileiro.

Concentrados em um quiosque no final da orla de Copacabana, eles torceram e festejaram no local transformado em uma espécie de embaixada para os torcedores do país pelo Consulado Geral da Alemanha e pela Federação Alemã de Futebol.

O local, protegido por 60 policiais militares, uma unidade móvel do Bope e homens do Exército para evitar confrontos entre as duas torcidas, virou um dos pontos mais badalados dos quatro quilômetros da praia de Copacabana após o término do jogo.

Do lado de fora, cerca de 1.000 pessoas rodeavam o quiosque, segundo a Polícia Militar. Dentro, a lotação máxima, de 600 pessoas, foi alcançada duas horas antes do início do jogo, de acordo com o consulado alemão.

"Entramos na Fan Fest mas estava lotado de argentinos e fomos muito provocados, era um ambiente hostil. Aqui nos sentimos em casa, e ainda tivemos a receptividade dos brasileiros", contou Matthias Meyer, 28, de Hamburgo.

De manhã, um grupo que saiu do quiosque para pegar o metrô ao Maracanã foi xingado de nazistas por argentinos, que também arremessaram garrafas de água contra os alemães.

No quiosque, os alemães cantaram sem parar durante todo o jogo, que assistiram de cinco televisões e um telão espalhados por um espaço com quatro bares.

De onde, aliás, sairiam rodadas grátis de cerveja a cada gol da Alemanha _até o terceiro, para evitar prejuízos em uma eventual goleada como a que o time marcou contra o Brasil nas semi-finais.

"Ainda bem que foi só um gol, se não íamos passar a noite servindo chope grátis", disse o garçom José Silveira.

Pintado com as cores da bandeira da Alemanha, como seus colegas, ele não parava de servir tábuas de picanha e baldes com a cerveja brasileira mais barata no cardápio. "Os alemães com tanta cerveja boa só escolhem a pior", brincou.

Quando Mario Götze marcou para a Alemanha aos 8 minutos da segunda parte da prorrogação, porém, eles nem lembraram da cerveja: antes, explodiram de alegria, subindo em cadeiras e batendo com força no teto do quiosque.

Na faixa de areia em frente ao quiosque cercada pela organização, um DJ começou a festa do tetra-campeonato alemão segundos após o fim do jogo.

Balançando bandeiras de seu país, torcedores alemães celebraram ao som de funk carioca, "Lepo Lepo" e mergulhos no mar.

"Levamos tanto tempo aqui que já sabemos todas as músicas", disse Andrea Kraff, 32, que está há um mês no Rio.

Durante o jogo, eles também demonstraram intimidade e entrosamento com os brasileiros.

Ensinaram a eles gritos de guerra como "Super Deutschland" (Super Alemanha) e aprenderam a cantar "Mil gols, mil gols, mil gols, só Pele, só Pele..", resposta criada por brasileiros em resposta a constantes provocações de torcedores argentinos.

"Comemorar com os alemães é muito bom. Saí daqui com a alma lavada", disse o empresário Pedro Araújo, 36.

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