Mario Götze estava em forma, mas outros heróis da conquista alemã, como Schweinsteiger, Neuer e Klose, chegaram bem mal ao Brasil. O time alemão parecia uma enfermaria às vésperas da Copa.

Cinco titulares se recuperavam de contusões: o goleiro Neuer, os volantes Khedira e Schweinsteiger, o meia Özil e o atacante Klose.

A comissão técnica liderada por Joachim Löw conseguiu que todos ganhassem ritmo ao longo do campeonato.

Isso permitiu que Löw operasse uma mudança significativa no meio do torneio: o capitão Lahm deixou o meio-campo (onde joga no Bayern de Munique) e passou à lateral direita, posição pela qual se consagrou na seleção.

A mudança, no segundo tempo do jogo contra a Argélia, nas oitavas de final, marcou a virada alemã na Copa.

Até ali, o treinador optara por uma controversa linha de quatro zagueiros na defesa, deslocando Boateng para a direita e Höwedes para a esquerda.

Foi só quando Khedira e Schweinsteiger ganharam ritmo –o primeiro só entrou como titular no terceiro jogo– que o capitão voltou à lateral e a Alemanha deslanchou.

Contra a França, nas quartas, estreou enfim na Copa o time titular que o técnico não conseguiu ter na estreia e que continuou a ser usado até ontem, à exceção do desfalque de última hora de Khedira.

Tem como base o Bayern de Munique campeão da Liga dos Campeões 2012/2013 e do Mundial de Clubes 2013, onde jogam seis titulares: Neuer, Lahm, Boateng, Schweinsteiger, Kroos e Müller –além do reserva de luxo Götze.

Löw tornou quase um mantra a frase: "Não penso em 11 titulares, penso em 14". A história da final mostrou que não é somente retórica.

Ontem, ele celebrou: "Estamos juntos há 55 dias, mas começamos esse projeto há dez anos. Sempre jogamos um bom futebol, mas só o vencedor perdura, e quem merece é essa seleção".