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Em meio a impeachment, Dilma não irá à Grécia para cerimônia da tocha olímpica

Em meio à tramitação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, a presidente Dilma Rousseff não viajará para a Grécia para participar de cerimônia de acendimento da tocha olímpica, em 21 de abril.

Além da crise interna, a decisão foi tomada diante da dificuldade da petista chegar em Olímpia, cidade do interior da Grécia, já que a expectativa é de que no período a presidente esteja em Nova York.

Nos bastidores, o Comitê Organizador dos Jogos do Rio de Janeiro chegou a pressionar a presidente a comparecer, mas ela não cedeu ao pedido. O argumento do governo é que não há tradição da presença de chefes de Estado a essa cerimônia.

Nos últimos 20 anos, o mais poderoso político a tomar parte no acendimento da flama foi o ex-presidente norte-americano Bill Clinton, em 30 de março de 1996 –ele estava acompanhado à ocasião por sua mulher, Hillary, que atualmente concorre à presidência dos EUA pelo Partido Democrata.

Pedro Ladeira/Folhapress
A presidente Dilma Rousseff e Carlos Arthur Nuzman (COB) na cerimônia de apresentação da Tocha Olímpica, em Brasília (DF)
A presidente Dilma Rousseff e Carlos Arthur Nuzman (COB) na cerimônia de apresentação da Tocha Olímpica, em Brasília (DF)

No lugar de Dilma, participará da cerimônia o ministro do Esporte, Ricardo Leyser. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, deve estar presente na passagem da tocha olímpica por Atenas, capital da Grécia.

Leyser também marcará presença no evento em Atenas e, dois dias depois, irá a Genebra para cerimônia na ONU com o secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon. A tocha chegará ao país no dia 3 de maio, em Brasília.

Nesta sexta-feira (8), a agência Reuters divulgou que dirigentes da Grécia afirmaram que Dilma Rousseff não irá comparecer ao país para o evento da Rio-2016.

"A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, cancelou sua presença no evento, de acordo com informação fornecida ao Comitê Olímpico Helênico pela embaixada do Brasil", disse o comitê grego.

De acordo com a entidade, estava previsto que Dilma compareceria ao evento em Olímpia em 21 de abril ao lado do presidente grego, Prokopis Pavlopoulos, e do chefe do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.

A cerimônia vai ocorrer dias após a data prevista para a votação do pedido de abertura do processo de impeachment de Dilma pelo plenário da Câmara dos Deputados, em 17 de abril. Se for aprovado, o processo será encaminhado ao Senado.

O Rio vai receber os primeiros Jogos Olímpicos da América do Sul de 5 a 21 de agosto.

IMPEACHMENT

Caso o impeachment seja barrado no plenário da Câmara dos Deputados, em votação esperada para o dia 17 de abril, a petista viajará entre os dias 19 e 22 de abril para Nova York.

Nos Estados Unidos, ela participará de sessão especial da Assembleia Geral da ONU e da assinatura do Acordo de Paris, definido no ano passado e que define medidas de redução da emissão de gás carbônico a partir de 2020.

O Palácio do Planalto, no entanto, estuda ingressar com medida na Suprema Corte para mudar a data de análise do processo no plenário da Câmara dos Deputados.

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