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Evento-teste é a última chance de Cielo se classificar para os Jogos do Rio

Cesar Cielo, 29, disputará o Troféu Maria Lenk, última seletiva olímpica nacional, sob olhares de uma multidão ávida para saber qual Cielo aparecerá para nadar.

Será o velocista que se sagrou campeão olímpico e tri mundial nos 50 m livre entre 2008 e 2013, consolidando-se como o maior nome da história da natação brasileira?

Ou o atleta titubeante que trocou inúmeras vezes de técnico nas últimas três temporadas e nem sequer completou os dois últimos grandes eventos que disputou?

Variáveis à parte, o fato é que Cielo ainda não tem índice para a Rio-2016 e vê sua última chance no torneio, que começa nesta sexta (15) e inaugura o novo centro aquático do Parque Olímpico. A competição também é evento-teste dos Jogos.

Ele tentará vaga nos 100 m livre, que será disputado na segunda (18), e nos 50 m livre, na quarta (20).

O CICLO DE ALTOS E BAIXOS DE CIELO - As marcas de Cielo nos 50 m livre, ano a ano

Na primeira das duas seletivas do país, em dezembro, em Palhoça (SC), Cielo ficou em 11º nos 100 m e, em seguida, abandonou o torneio. Nem competiu nos 50 m.

A marca referência da prova mais curta, sua especialidade, é 22s27. Contudo, em Palhoça dois nadadores cumpriram o percurso abaixo disso: Bruno Fratus (21s50) e Ítalo Duarte (22s08). Para se credenciar à Olimpíada, Cielo tem de superá-los.

Em janeiro deste ano, ele decidiu mudar radicalmente sua vida. Rompeu com Arilson Silva, que o treinou em 2015, e mudou-se com a mulher, Kelly Gisch, e o filho deles, Thomas, nascido em setembro, para Scottsdale, cidade no Arizona (EUA).

Foi ao encontro de Scott Goodrich, técnico que o conduziu aos títulos mundiais dos 50 m livre e 50 m borboleta no Mundial de Barcelona, em 2013, suas duas últimas grandes conquistas em piscina "olímpica" (50 m).

A ciranda de treinadores, por sinal, marcou esse ciclo de Cielo. Além de Arilson e Goodrich, ele passou pelas mãos do australiano Scott Volkers em 2014.

Sempre que se viu em baixa, porém, o brasileiro recorreu a Goodrich. Nos últimos meses, ele se submeteu a rotina mais rígida e pouco falou com a imprensa.

Disputou três competições, das quais só uma de maior porte, o Grand Prix de Orlando, também nos EUA, onde fez 22s47 nos 50 m, marca ainda aquém do necessário.

No início do mês, nadou a mesma prova em evento no Texas e baixou para 22s28.

Gente próxima ao nadador diz que ele está "otimista".

"O maior desafio de Cielo é ele mesmo", disse Ricardo de Moura, principal executivo da Confederação de Desportos Aquáticos, que visitou o atleta entre o final de março e o início de abril. Moura refere-se, em linhas gerais, à reconquista da confiança.

Ricardo Prado, medalhista olímpico na natação, reforça o coro. "Acho que conseguirá a vaga. Precisava de concentração, e fora do país teve isso. Será o velho Cielo."

Gustavo Borges, detentor de quatro pódios olímpicos, acredita que é preciso haver "serenidade" em relação ao momento do velocista.

Borges avalia que, ao se mudar para os EUA, Cielo deu a cara para bater, o que pode se revelar um bom sinal.

"Ele vai se classificar nos 50 m livre. No fundo, a Olimpíada e a torcida merecem que ele esteja lá", conclui.

12 PAÍSES

O Troféu Maria Lenk tem eliminatórias às 9h30 e finais às 17h30. Nesta sexta (15), serão disputados: 400 m medley (masculino e feminino), 100 m borboleta (f), 400 m livre (m) e 100 m peito (m).

Por se tratar de um evento-teste, será uma edição especialmente forte. Além do Brasil, 11 países participam da competição, que termina na próxima quarta (20).

NA TV
Troféu Maria Lenk
17h30 - SporTV

Que esporte é esse? - Natação

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