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Nadador diz viver sonho após superar Cielo; Fratus mira o pódio na Rio-2016

O homem que superou Cesar Cielo na disputa pela vaga olímpica nos 50 m livre é um estudante de administração que se considera brincalhão, às vezes até em demasia.

Nesta quarta-feira (20), porém, Ítalo Duarte, 24, mineiro de Belo Horizonte, levou a sério a maior chance de disputar uma Olimpíada que já teve.

Bastaram 21s82, sua melhor marca pessoal, para superar Cielo em nove centésimos na final do Troféu Maria Lenk e compensar anos de trabalho.

"É um sonho ir aos Jogos Olímpicos. Mas não posso ficar muito nas nuvens, é preciso descer e treinar para o Rio".

Curiosamente, Duarte, foi forjado pelo "ídolo", "herói" e "gênio" –palavras com as quais se refere a Cielo– que ajudou a derrubar nesta quarta. Ambos defendem o Minas Tênis Clube e treinaram juntos em 2014, enquanto Cielo morou em Belo Horizonte.

"Tenho muito a agradecer a ele. No Minas, ele me passou dicas excelentes, e foi quando eu comecei a melhorar", contou Duarte. "É uma pena ter o Cesar fora, mas eu também fiquei feliz por estar dentro".

Em meio a toda expectativa que envolveu a definição das vagas dos 50 m livre, Duarte contou que teve dificuldades para dormir desde sexta (15), quando o torneio começou. Rolava na cama, pensava na prova e nada de o sono vir.

Nesta quarta, o problema se repetiu no intervalo entre as eliminatórias e a decisão.

Quando caiu na água, porém, ele tornou a ansiedade em potência. A sua maneira.

"Sou mineirinho mesmo. Gosto de ficar na minha, comer pelas beiradas. Mas sou um cara super determinado".

Bruno Fratus, 26, que venceu a final, já tinha obtido na primeira seletiva, em Palhoça (SC), em dezembro, a marca de 21s50, que praticamente lhe garantia vaga nos Jogos.

Ele ratificou a posição com um triunfo de 21s74 na final. Aquém do esperado, mas suficiente. "Não gostei muito do tempo, mas sim de ter ganhado a prova", afirmou.

Medalhista de bronze nos 50 m livre no Mundial de Kazan, em 2015, e ouro no Pampacífico de Irvine, em 2014, ele tem se consolidado como candidato ao pódio na Olimpíada.

No Rio, ele terá a chance de reescrever o roteiro de Londres-2012, quando ficou na quarta posição, dois centésimos atrás de Cielo, a quem reverenciou após a seletiva.

"É difícil, né? Parece que o time está incompleto [sem ele]. Mas essa é a beleza do esporte. Não tem favorito, não tem melhor absoluto", disse.

Que esporte é esse? - Natação

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