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Brasil recebe tocha, e Nuzman diz que 'Rio está pronto para fazer história'

O presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil) e chefe do Comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, recebeu nesta quarta-feira (27), na Grécia, a chama olímpica das mãos do chefe do comitê grego, Spyros Capralos, em cerimônia no Estádio Panathinaiko, sede dos primeiros Jogos da Era Moderna, em 1896.

"Quando fomos premiados com a honra de receber os Jogos [em 2009], foi um momento que nunca esqueceremos. Meu amigo Capralos estava lá. Vamos repetir o que dissemos: o Rio está pronto para fazer história", disse Nuzman em seu discurso antes da entrega.

Cerca de 30 mil pessoas assistiram à cerimônia, de acordo com o Comitê Olímpico da Grécia. Apesar de pequeno, um grupo de brasileiros nas arquibancadas animou os demais espectadores com gritos de "Brasil, Brasil". Uma das atrações foi a apresentação de um grupo de capoeira.

A grande ausência na delegação brasileira foi o prefeito Eduardo Paes (PMDB). Ele voltou para o Brasil após a queda de parte da ciclovia Tim Maia, que deixou dois mortos na quinta-feira (21), mesmo dia em que participava do acendimento da tocha na cidade grega de Olímpia, berço dos Jogos.

Paes cogitou voltar a Atenas para a cerimônia de passagem da chama, mas desistiu. Inicialmente, a assessoria da Prefeitura informou que nenhum representante de Paes viria a Atenas. No entanto, o procurador-geral do Rio, Fernando Dionísio, participou do evento em nome do prefeito.

Estiveram presentes o ministro interino do Esporte, Ricardo Leyser, e o presidente da Autoridade Pública Olímpica, Marcelo Pedroso.

É comum o presidente do comitê organizador do país-sede dos Jogos ser designado para a passagem da chama, mas normalmente as delegações são mais robustas que a brasileira. Em 2012, a princesa Anne (filha de Elizabeth 2ª) recebeu o fogo olímpico como presidente do comitê de Londres e estava acompanhada do prefeito, Boris Johnson, e do ex-capitão da seleção inglesa de futebol David Beckham.

Além de Paes não ter ido, o Rio não foi representado por nenhum atleta brasileiro.

Foi a segunda ausência de uma autoridade brasileira nas festividades olímpicas na Grécia. A presidente Dilma Rousseff era esperada para o acendimento da tocha na semana passada, mas no início do mês anunciou que não compareceria por causa do processo de impeachment, cuja votação na Câmara ocorreu quatro dias antes da cerimônia.

Depois de Atenas, a chama olímpica segue de avião para Genebra, na Suíça, onde será exposta em evento na sede da ONU na sexta-feira (29). A chegada a Brasília será no dia 3 de maio, quando começará o revezamento da tocha em 329 cidades do país. O Rio a receberá apenas no dia 4 de agosto, na véspera da cerimônia de abertura dos Jogos.

INGRESSOS

Nuzman afirmou nesta quarta-feira, em Atenas, que o ritmo de vendas dos ingressos para os Jogos está dentro do esperado e não vê motivo para se preocupar com o cenário ruim da economia, que pode afugentar compradores.

"O brasileiro sempre deixa para a última hora. Há esportes com ingressos esgotados, e aqueles que não são do conhecimento do público aos poucos vão sendo conhecidos", disse Nuzman a jornalistas brasileiros, após a cerimônia em que recebeu a chama olímpica.

Segundo o Comitê Rio 2016, 72% dos 6,3 milhões de ingressos já postos à venda foram adquiridos. O total de bilhetes para os Jogos é de 7,5 milhões –o restante de 1,2 milhão que ainda não foi oferecido ao público se deve às chamadas contingências, como redimensionamento da capacidade dos estádios e de arenas construídas para os Jogos e também entradas reservadas para cadeirantes.

Na última quinta, a Rio-2016 começou a vender ingressos desse lote de contingências, incluindo bilhetes de chamada "alta demanda", como para a cerimônia de abertura dos Jogos. A venda das contingências ocorrerá sempre às quintas-feiras.

CICLOVIA E TEMER

Nuzman disse que o desabamento de parte da ciclovia Tim Maia no dia 21, que deixou dois mortos e virou notícia internacional a menos de quatro meses da Olimpíada, não vai afastar o visitante estrangeiro.

"Isso não é uma obra olímpica. Só temos que lamentar pela perda de vidas humanas".

Ao lado de Nuzman, Leyser disse que uma eventual mudança de governo às vésperas da Olimpíada, caso a presidente Dilma Rousseff sofra impeachment e assuma o vice, Michel Temer, não é motivo de preocupação.

"Os Jogos estão prontos, e a responsabilidade não é só de um governo, é do Estado brasileiro, são instituições como a PF, a Infraero, o Exército. Não tenho nenhum temor sobre a continuidade. Qualquer que seja o cenário, nós vamos fazer grandes Jogos".

Símbolo olímpico chega ao país em maio

A TOCHA NO BRASIL

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