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Refugiada, medalhistas e Medina estão entre 10 primeiros a levar tocha no Brasil

A primeira condutora da tocha olímpica em solo brasileiro será a bicampeã olímpica e atual capitã da seleção de vôlei, Fabiana Claudino.

Em seguida, o revezamento da chama, em Brasília, a partir das 10h de terça-feira (3), terá um premiado matemático, um aluno da rede estadual, um ginasta da seleção, uma diretora de escola pública, uma menina síria de 12 anos que chegou ao Brasil refugiada com a família, a única mulher medalhista olímpica no boxe, um campeão mundial de surfe, outra bicampeã do vôlei e um maratonista que se tornou símbolo do espírito olímpico.

Estes são os dez primeiros entre os 12 mil indicados a carregar a tocha rumo ao Rio, até 5 de agosto, quando será acesa a pira na cerimônia de abertura dos Jogos.

"É uma emoção e uma honra poder abrir o revezamento da tocha olímpica no meu país. O revezamento é um aquecimento para os Jogos e estou muito orgulhosa de poder participar desse momento histórico", disse Fabiana.

Cada condutor corre cerca de 200 metros com a tocha, que pode ser comprada por cada um deles por R$ 1.985.

Ao todo, o revezamento passará por 329 cidades de todos os Estados brasileiros.

CONHEÇA OS 10 PRIMEIROS CONDUTORES DA TOCHA NO BRASIL

1) Fabiana Claudino
Bicampeã olímpica (2008 e 2012) e capitã da seleção brasileira de vôlei, Fabiana Claudino é considerada uma das melhores centrais do mundo. Com 1,93m, a jogadora nascida em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, é uma das apostas do técnico José Roberto Guimarães para conquistar o tricampeonato olímpico nos Jogos do Rio.

2) Artur Ávila Cordeiro de Melo
Primeiro pesquisador brasileiro e da América Latina a receber a Medalha Fields, considerada o Nobel da Matemática, Artur Ávila Cordeiro de Melo, 36, se divide entre o Rio e Paris, cidades em que coordena estudos do Centre National de la Recherche Scientifique e do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada.

3) Gabriel Hardy
Aos 16 anos, Gabriel Hardy acumula prêmios e conquistas, como o campeonato brasileiro juvenil e o terceiro lugar no sul-americano de karatê. Aluno da rede pública estadual de Sobradinho, cidade-satélite do Distrito Federal, o atleta é agente jovem Transforma, programa feito em parceria com o governo federal que leva os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos às escolas. Gabriel treina na Associação Hardy, ONG dirigida por seu pai, o professor de karatê Heitor Hardy, que atende cerca de 100 crianças e jovens carentes da cidade.

4) Ângelo Assumpção
Uma das promessas brasileiras nos Jogos Olímpicos do Rio, Ângelo Assumpção é especialista em salto e solo, e integra a seleção de ginástica artística do Brasil. No ano passado, durante a etapa de São Paulo da Copa do Mundo de ginástica, o atleta paulistano subiu ao pódio para receber a medalha de ouro no salto ao lado de seu grande ídolo, o ginasta Diego Hypólito. Após passar por um episódio de racismo, o atleta de 19 anos venceu o preconceito e hoje está entre os destaques da seleção.

5) Aurilene Vieira de Brito
Diretora da Escola Estadual Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves (PI), Aurilene Vieira de Brito enfrenta as dificuldades diárias de educar estando em um dos 30 municípios do Brasil com o pior do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Ainda assim, a professora conseguiu colocar sua escola entre as melhores no Ensino Médio no país, ao vencer a defasagem educacional dos alunos e conquistar dezenas de medalhas em Olimpíadas de Matemática e Química.

6) Hanan Khaled Daqqah
Hanan e sua família moravam na cidade de Idlib, no nordeste da Síria, um dos palcos da guerra civil no país. Seu pai foi preso, acusado de tráfico de pessoas, ao ajudar amigos a escapar da violência. Ficou 11 meses detido e, após libertado, passou a ser ameaçado de morte por grupos governistas e da oposição. Foi quando a família buscou abrigo na Jordânia, onde viveu por dois anos e meio no campo de refugiados de Zaatari. Em 2015 eles chegaram ao Brasil por meio do programa de vistos humanitários do governo federal, que facilita a entrada no país de pessoas afetadas pelo conflito na Síria. Toda sua família foi reconhecida pelo governo como refugiados e agora reconstrói sua vida no Brasil. Aos 12 anos, Hanan vive em São Paulo com seu pai, a mãe, um irmão mais velho e uma irmã bebê, mais os tios e outros quatro primos, em um pequeno apartamento no centro da cidade. A mãe de Hanan está grávida, e em breve ela terá um irmão brasileiro.

7) Adriana Araújo
Adriana Araújo é a única mulher brasileira medalhista olímpica no boxe, o bronze conquistado há quatro anos, na categoria até 60 kg, nos Jogos Olímpicos de Londres-2012. A pugilista baiana de 34 anos, que conquistou a centésima medalha brasileira em Jogos Olímpicos, quer continuar a fazer história nos Jogos do Rio. Para isso, ela se mudou de Salvador para São Paulo, no ano passado, para se dedicar exclusivamente aos treinos.

8) Gabriel Medina
Um dos maiores ídolos do esporte brasileiro, Gabriel Medina iniciou ainda na adolescência sua trajetória vitoriosa no surfe. Aos 11 anos, o surfista nascido em São Sebastião (SP), em 1993, ganhou seu primeiro campeonato nacional e, aos 15, se tornou o atleta mais novo a vencer uma etapa do Mundial de Surf (ASP). No final de 2014 entrou para a história como o primeiro brasileiro a conquistar o título da WCT, o circuito mundial de surfe.

9) Paula Pequeno
Melhor jogadora dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008, a bicampeã olímpica Paula Pequeno defende atualmente a equipe Brasília Vôlei na Superliga. A ponteira de 34 anos tem uma trajetória vitoriosa, atuando nas principais equipes brasileiras, com passagens pela Rússia e Turquia.

10) Vanderlei Cordeiro de Lima
O ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, 46, protagonizou um dos momentos mais emocionantes da história dos Jogos Olímpicos. Ele liderava a prova da maratona, em 2004, na Grécia, quando, a seis quilômetros da linha de chegada, foi derrubado por um manifestante religioso, que burlou a segurança da prova. Em vez de se abalar, o atleta voltou à prova e conquistou a medalha de bronze. Pela demonstração de espírito olímpico, Vanderlei recebeu do Comitê Olímpico Internacional a medalha Pierre de Coubertin –o primeiro latino-americano a ganhar a condecoração.

Tocha olímpica

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