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Pressão sobre Ministério do Esporte até os Jogos 'é gigantesca', diz chefe da pasta

Há pouco mais de um mês à frente do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, 45, pode ver nos próximos dias o fim de sua passagem pela pasta, que teve início em 2003. Ele acumula as funções de ministro e secretário-executivo, cargo que exercia antes da saída de George Hilton.

O impeachment da presidente Dilma Rousseff será votado na semana que vem. Se for aprovado, a tendência é que a maior parte dos ministros deixem seus cargos.

A crise política, porém, não parece afetar o otimismo de Leyser com a chegada da chama olímpica ao Brasil nesta terça-feira (3).

À Folha, antes do revezamento da tocha começar no Planalto, ele falou sobre os Jogos Olímpicos e a respeito do futuro do Ministério do Esporte.

*

Como foi acompanhar o acendimento da tocha na Grécia e a chegada da chama ao Brasil?
É uma cerimônia limpa, um tom quase religioso. É um dos maiores símbolos da humanidade. Nossa expectativa sobre o grande entusiasmo das cidades está se confirmando.

A chama chega em um dia próximo da votação do Senado que pode decidir pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff. As pessoas vão saber separar a situação política do revezamento da tocha?
São coisas distintas. [O revezamento] é uma realização grande do governo. Reunimos quase todos os prefeitos das cidades em que a tocha vai passar, preparando a parte de cultura e de segurança. O Brasil vai abraçar com um calor incrível a tocha e os Jogos Olímpicos.

No exterior, onde o senhor esteve nos últimos dias, a crise política do Brasil era o principal assunto?
A confiança que o COI [Comitê Olímpico Internacional] nos transmitiu ajuda demais. Não há dúvida na comunidade internacional sobre a entrega [na realização dos Jogos], o que é muito bom. As perguntas sobre a crise política são da editoria de política, não da editoria de esportes ou Jogos Olímpicos. Há segurança muito grande que os Jogos vão acontecer muito bem.

Como o senhor vê seu futuro no Ministério do Esporte em um possível governo Temer?
Vamos esperar os acontecimentos. Não dá tempo de pensar. Estivemos na Grécia, em Genebra, na ONU e agora em Brasília. Não há muito tempo para pensar na crise política. A pressão sobre o ministério do Esporte nestes 90 e poucos dias [até a abertura dos Jogos] é gigantesca.

Aceitaria ficar?
Não dá para trabalhar com essas hipóteses. Não dá para saber se tem novo governo ou se não tem, ou como vai ser.

Sérgio Lima - 28.jan.2015/Folhapress
O ministro interino do Esporte, Ricardo Leyser
O ministro interino do Esporte, Ricardo Leyser

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