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Seleção camaronesa feminina de vôlei deseja crescer e aparecer na Rio-2016

A seleção camaronesa feminina de vôlei não ganhará os holofotes nos Jogos do Rio pela potência de suas cortadas, nem pela força de seu conjunto. Mas o escrete vai atrair a atenção do público. Estreante em Olimpíadas, será rival do Brasil na primeira fase e uma das primeiras equipes a chegar ao país.

A aterrissagem do grupo deve ocorrer na próxima semana, em São Paulo, de onde seguirá para Jaguariúna (a 134 km da capital). Lá, serão feitos quase dois meses de um "intensivão" com alguns técnicos do país para alavancar o nível a tempo do evento.

O que torna a seleção de Camarões mais interessante, porém, é o perfil do time, que reflete a situação amadora do vôlei local.

Divulgação
Seleção camaronesa de vôlei
A equipe de Camarões ganhou o direito de vir aos Jogos do Rio com o título do Pré-Olímpico, em fevereiro

Segundo Julien Abouem, presidente da federação, Camarões tem apenas 836 jogadoras registradas pela entidade, na maioria estudantes.

É possível que haja mais praticantes, mas o dirigente afirmou que não existe aferição regional. As jogadoras saem de centros de formação municipais e de clubes.

Das 17 atletas pré-convocadas para os Jogos do Rio, oito atuam na França. As restantes defendem times do próprio país.

Qualquer iniciativa para aperfeiçoamento é difícil porque, além do caráter amador do projeto, existem restrições orçamentárias.

"A Federação Camaronesa de Vôlei investe US$ 30 mil (R$ 103 mil) por ano na seleção feminina", disse Abouem à Folha.

Ele contou que o dinheiro provém do governo, que, ao todo, destina cerca de US$ 800 mil (R$ 2,7 milhões) ao esporte nacional por ano.

A primeira incursão olímpica do vôlei camaronês foi conquistada em fevereiro passado, com o título do Pré-Olímpico africano, sobre o Egito. Com a vaga em mãos, as autoridades fizeram uma parceria com a Prefeitura de Jaguariúna para treinar com técnicos brasileiros alguns meses antes da Olimpíada.

"Sabemos que o Brasil tem o melhor vôlei do mundo. Vamos aproveitar a presença na cidade para tentar formar uma equipe capaz de representar bem Camarões nos Jogos", afirmou o dirigente.

Para ele, representar bem significa vencer, se possível, uma partida e adquirir experiência para conquistar a próxima Copa da África e se classificar para o Mundial.

A tarefa, porém, será dificílima. Além do Brasil, as camaronesas enfrentarão Rússia, Japão, Coreia do Sul e Argentina no Grupo A.

"Faremos tudo o que nos permitir ser os primeiros da África entre quatro e seis anos. E, por que não, estar entre os dez primeiros do ranking mundial".

Atualmente, Camarões está na 21ª posição da classificação da FIVB (Federação Internacional de Vôlei).

Vôlei

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