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Campeão olímpico congela esperma por medo do vírus da zika no Rio

O britânico Greg Rutherford, campeão olímpico do salto em distância em Londres-2012, decidiu congelar seu esperma por temer o vírus da zika nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em agosto.

A esposa de Rutherford, Susie Verrill, disse que o casal estava cada vez mais preocupado com o vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, e que pode acabar provocando microcefalia nos bebês.

O vírus também pode ser transmitido por via sexual e provocar problemas neurológicos em adultos, como a síndrome de Guillain-Barre, que causa paralisia e morte.

Verrill disse que o vírus da Zika teve muito peso em sua decisão de não acompanhar o marido ao Rio de Janeiro ao lado de seu filho, Milo.

Matthew Childs/Reuters
O britânico Greg Rutherford salta durante a etapa da Liga Diamante em Birmingham
O britânico Greg Rutherford salta durante a etapa da Liga Diamante em Birmingham

"Não somos pessoas que nos preocupamos desnecessariamente, porém mais de 100 especialistas médicos aconselharam a transferência dos Jogos para evitar que a propagação da doença, que se tornou um grande fator para que decidíssemos ficar".

"Além disso, decidimos congelar o esperma de Greg. Gostaríamos de ter mais filhos", completou.

O ministro dos Esportes do Brasil, Leonardo Picciani, afirmou na terça-feira (7) que é "impossível" adiar os Jogos Olímpicos e que acredita que em agosto não existirão mais casos do vírus no Rio.

"É impossível, não há a menor possibilidade" que se suspenda ou transfira os Jogos, disse Picciani. "O Brasil está seguindo todas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) contra o vírus", afirmou.

"As autoridades brasileiras estão tendo sucesso nessa luta, tivemos uma redução significativa de casos. Primeiro foram registrados 4.000 casos, em maio já havia baixado para 700 e esperamos que cheguem perto de zero em agosto", estimou o ministro do governo interino de Michel Temer.

A doença provoca inquietação entre os atletas. O jogador de basquete espanhol Pau Gasol disse que considera a possibilidade de não disputar os Jogos, o ciclista americano Tejay van Garderen, e os golfistas Marc Leishman,  que já teve a mulher doente por zika, e Vijay Singh desistiram por este motivo.

A goleira americana Hope Solo, que afirmou que não iria aos Jogos se eles acontecessem agora.

A zika pode causar malformações congênitas, como a microcefalia, que faz com que os bebês nasçam com o cérebro e a cabeça menores que o normal.

Paul Childs/Reuters
Greg Rutherford posa para a foto
Greg Rutherford posa para a foto

REDUÇÃO

Na terça-feira (7). a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta terça-feira (7) a situação da incidência do vírus Zika no Brasil não é motivo para recomendações que possam sugerir a transferência ou o cancelamento dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016

"A OMS tem reafirmado sua posição no sentido de que as condições estão dadas para a realização do evento, posição compartilhada também pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. O Brasil segue colocando prontamente à disposição da OMS todos os dados brasileiros que comprovam que as taxas de incidência de dengue e de outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti são historicamente reduzidas nos meses de julho e agosto, redução que será ainda mais acentuada pelas ações preventivas tomadas pelos três níveis de Governo".

De acordo com a OMS, o Brasil tem fornecido, igualmente, informações atualizadas sobre as medidas adicionais de controle de vetores implementadas no Rio de Janeiro e na Vila Olímpica.

VEJA A NOTA NA ÍNTEGRA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem reiterado o entendimento de que a situação da incidência do vírus Zika no Brasil não é motivo para recomendações que possam sugerir a transferência ou o cancelamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A OMS tem reafirmado sua posição no sentido de que as condições estão dadas para a realização do evento, posição compartilhada também pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

O Brasil segue colocando prontamente à disposição da OMS todos os dados brasileiros que comprovam que as taxas de incidência de dengue e de outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti são historicamente reduzidas nos meses de julho e agosto, redução que será ainda mais acentuada pelas ações preventivas tomadas pelos três níveis de Governo.

O Brasil tem fornecido, igualmente, informações atualizadas sobre as medidas adicionais de controle de vetores implementadas no Rio de Janeiro e na Vila Olímpica. No contexto dos preparativos para os Jogos Olímpicos, o Governo brasileiro mantém cooperação permanente e informa de maneira regular o Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre a resposta à ocorrência do vírus Zika e as ações específicas de prevenção em curso na Cidade-Sede.

Posições públicas recentemente expressas, no sentido de que seria necessário o adiamento ou a transferência dos Jogos, não estão baseadas em dados científicos. Medidas que viessem a recomendar o cancelamento dos Jogos Olímpicos implicariam igualmente a recomendação de interrupção de viagens aéreas e de comércio para e entre todos os 60 países que apresentam transmissão local do vírus Zika.

O Governo brasileiro segue divulgando dados e informações sobre medidas de precaução já tomadas, com o objetivo de contrarrestar o alarme resultante de ações que produzem fatos midiáticos sem base científica.

Desde a ocorrência dos primeiros casos do vírus Zika no país, em maio de 2015, o Governo brasileiro vem trabalhando em estreita parceria com a OMS, por meio da cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), e de relatórios regulares no marco do Regulamento Sanitário Internacional (RSI). O Brasil vem tendo também papel pioneiro no desenvolvimento de pesquisas sobre o vírus e doenças a ele associados e no desenvolvimento de testes, tratamentos e vacinas, em cooperação com diversos parceiros. A transparência do Governo brasileiro foi destacada pela Diretora-Geral da OMS, Dra. Margareth Chan, que visitou oficialmente o Brasil em fevereiro último, após a declaração, por sugestão do Comitê de Emergências do RSI, de uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional.

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