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TCE afirma que metrô vai operar na Olimpíada sem testes necessários

Auditoria do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio divulgado nesta quinta-feira (9) afirma que o atraso nas obras da linha 4 do metrô, a ser inaugurado para a Olimpíada, vai fazer com que o sistema opere sem os todos testes previstos.

De acordo com o relatório, havia a previsão de um ano de testes no sistema, sendo quatro com passageiros. Agora, os testes vão ocorrer por apenas dois meses vazios. A operação começará em 1º de agosto, a quatro dias dos Jogos, sem simulação com usuários.

O documento afirma que a aceleração das obras "suscita dúvidas quanto à suficiência do tempo reservado a todos os ajustes e testes necessários para a realização de uma operação segura e confiável".

Christophe Simon/AFP
Workers at the Nossa Senhora da Paz metro station, part of the still under construction Line 4 that will reach the Olympic Village, in Ipanema, Rio de Janeiro, Brazil, on January 19. 2016. AFP PHOTO / Christophe SIMON ORG XMIT: TOF1008
Operários trabalham em estação de metrô no Rio

A obra do metrô tinha previsão para acabar no início de 2016. Sucessivos atrasos fizeram com que o governo anunciasse que o sistema ficaria pronto apenas na Olimpíada.

Contudo, até mesmo a sua inauguração para os Jogos está ameaçada. O Estado depende de um empréstimo do BNDES, em análise no Tesouro Nacional, para concluir a obra. Faltam cerca de R$ 500 milhões nos cofres fluminenses para quitar o investimento.

Para ter o aval do governo federal, o Rio precisa pagar uma dívida de US$ 8 milhões com a Agência Francesa de Desenvolvimento por um empréstimo contraído para a mesma obra. Inadimplente, o Estado não pode firmar novas operações de crédito.

O governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), afirmou que só poderá quitar a dívida se a União liberar outro empréstimo já aprovado no Senado e no CMN (Conselho Monetário Nacional), de R$ 1 bilhão, do Banco do Brasil.

"O histórico de alterações no cronograma durante toda a execução contratual e o volume de obra ainda sendo executado a dias do início da operação olímpica, evidencia o prazo exíguo do cronograma, sem margem para mais prorrogações, como também o elevado risco do não cumprimento dos novos prazos pactuados", afirma o relatório, concluído no mês passado.

O atraso na obra já havia sido objeto de troca de e-mail entre o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e Philip Bovy, consultor do COI (Comitê Olímpico Internacional) para a área de transporte.

O prefeito afirmou que um plano deveria ser estudado. A opção dada foi a extensão do BRT até a zona sul. O plano original é que ele saísse da estação Jardim Oceânico, na Barra, até o Parque Olímpico. A execução desta alternativa ainda não foi confirmada.

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