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Falta de protagonista brasileiro na NBA preocupa Magnano para a Rio-2016

O Brasil tem nove jogadores na NBA, dos quais cinco foram convocados pelo técnico da seleção brasileira, o argentino Rubén Magnano, para a Olimpíada do Rio, nesta sexta-feira (10).

Apesar de contar com jogadores que atuam na liga de basquete mais forte do mundo, o treinador demonstrou preocupação por dois motivos. Primeiro porque todos eles têm jogado pouco no campeonato, e segundo porque todos são coadjuvantes e terão que exercer papéis de protagonistas na Rio-2016.

O ala/pivô Anderson Varejão e o ala Leandrinho, por exemplo, estão na final da NBA com o Golden State Warriors, mas ambos são reservas e vivem uma descendente na liga.

Kamil Krzaczynski-16.ago.2014/Efe
O técnico Rubén Magnano, da seleção brasileira de basquete, durante uma partida
O técnico Rubén Magnano, da seleção brasileira de basquete, durante uma partida

Depois de 12 anos nos Cavaliers, Varejão chegou aos Warriors em fevereiro e mal tem jogado. Na primeira fase do campeonato, atuou em média pouco mais de oito minutos e acumulou apenas 2,6 pontos por jogo –sua pior média na carreira.

Leandrinho, por sua vez, joga mais (quase 16 minutos por partida), mas, apesar de ter aparecido bem nos playoffs da NBA, ele fez apenas 6,4 pontos por jogo na primeira fase. Só não foi pior do que na temporada 2012/13 pelo Boston Celtics, quando teve 5,2 pontos por confronto.

"Isso [de jogar pouco] sempre preocupa. Temos que cuidar deles e dar tudo o que eles precisam para que possam pegar novamente um ritmo. O atleta que não joga perde o tempo de jogo", disse Magnano.

"Sobre o Varejão, eu achei que ele jogaria mais com o Steve Kerr [técnico dos Warriors], mas, infelizmente, isso não aconteceu. O Varejão me disse que está trabalhando individualmente para chegar bem. Ele foi um dos nossos melhores jogadores no Mundial de 2014. Mas eu sempre peço um pouco mais", afirmou Magnano.

O pivô Nenê, que também estará na Rio-2016, é outro que vive uma descendente na NBA. Pelo Washington Wizards, ele marcou apenas 9,2 pontos e atuou 19,2 minutos por jogo. Em 2008/09, pelo Denver Nuggets, por exemplo, ele anotou 14,6 pontos por partida.

E tanto os armadores Raulzinho, do Utah Jazz, e Marcelinho Huertas, do Los Angeles Lakers, não passaram dos 20 minutos de média em quadra.

Na Olimpíada, todos eles serão fundamentais para Magnano e terão que se acostumar a uma nova realidade. Agora, serão protagonistas.

"Não é simples trazer jogadores que são banco em suas equipes e que sejam protagonistas dentro da sua seleção. Mas são jogadores que em algum momento tiveram essa possibilidade na carreira", disse o treinador.

"Eles precisam ter essa capacidade de virar a chavinha e colaborar de uma maneira que seu clube de origem não pede. Isso também tem a ver com a forma que vejo o jogo. Acredito no jogo coletivo, nas boas tomadas de decisões e qualquer um deles podem tomar essas decisões. Precisamos dessa capacidade de virar a chave", afirmou.

O Brasil está no grupo B dos Jogos Olímpicos, ao lado de Lituânia, Espanha, Argentina, Nigéria e um time ainda a definir. Já a chave A tem Estados Unidos, Venezuela, China, Austrália e duas equipes que ainda não foram definidas –sairão do pré-olímpico.

A seleção de Magnano estreia na Olimpíada no dia 7 de agosto, contra a Lituânia.

OS CONVOCADOS

ARMADORES
Raulzinho (Utah Jazz), Marcelinho Huertas (Los Angeles Lakers) e Rafael Luz (Flamengo)

ALA-ARMADORES
Leandrinho (Golden State Warriors), Vitor Benite (Murcia) e Larry Taylor (Mogi das Cruzes)

ALAS
Alex Garcia (Bauru) e Marquinhos (Flamengo)

ALA-PIVÔS
Guilherme Giovannoni (Brasília) e Rafael Hettsheimeir (Bauru)

PIVÔS
Anderson Varejão (Golden State Warriors), Nenê (Washington Wizards), Vitor Faverani (Murcia) e Augusto Lima (Real Madrid)

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