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Parque Olímpico 'está uma bagunça', diz Sheilla, do vôlei

A casa do vôlei nos Jogos Olímpicos será o Maracanãzinho, fechado desde março para reformas, principalmente da cobertura. Como o ginásio deve reabrir apenas em julho, o Grand Prix (feminino), neste fim de semana, está sendo disputado na Arena Carioca 1, dentro do Parque Olímpico da Barra da Tijuca. O mesmo acontecerá com a Liga Mundial (masculina) na próxima semana.

A mudança para a arena que vai receber o basquete na Olimpíada, em menos de dois meses, serviria também para o comitê organizador dos Jogos do Rio testar o acesso de público ao local. O que o público e os jogadores estão vendo, no entanto, é uma estrutura ainda inacabada. O que gerou reclamação da oposta Sheilla, da seleção brasileira.

"Está uma bagunça", afirmou a bicampeã olímpica nesta sexta (10), após vitória por 3 a 0 sobre o Japão, ao ser questionada sobre as impressões do local chamado de "Coração dos Jogos", por abrigar 16 modalidades olímpicas. 

"O vestiário está bonito, mas as ruas, o tanto de construção que tem ainda... Espero que fique pronto. Brasil é assim, no final vai ficar pronto", completou Sheilla.

Segundo a Empresa Olímpica Municipal (EOM), 98% das obras já foram executadas. "Da Prefeitura, ainda estão em obras o Centro de Tênis, o Hotel e o Velódromo", diz a EOM em nota.

Marcel Merguizo / Folhapress
Obras no Parque Olímpico da Barra
Obras no Parque Olímpico da Barra

Ainda de acordo com o órgão responsável por coordenar as obras olímpicas do município, "também estão em execução as obras das instalações temporárias, de responsabilidade do Comitê Rio-2016". De acordo com o comitê, estas obras são pequenas, apenas com detalhes a serem concluídos.

"Aqui dentro [da arena] está bonito, mas, fora, as ruas, não está legal. Fico até pensando nos japoneses aqui, com Tóquio [sede dos Jogos em 2020] já pronto. Os brasileiros conhecem o Brasil, deve assustar mais eles [japoneses] do que a gente", comentou Sheilla.

Marcel Merguizo / Folhapress
Fiação subterrânea ainda sendo instalada
Fiação subterrânea ainda sendo instalada

Para quem foi aos jogos de vôlei na Arena Carioca 1, não era possível acessar o velódromo ou o centro de tênis, por exemplo. Mas, no caminho de uma arena para outra, era possível ver máquinas e operários trabalhando nas construções, assim como havia fiação subterrânea ainda sendo instalada ou paredes sendo finalizadas. 

Para Sheilla, atrasos, crises política ou econômica não vão atrapalhar a seleção em busca do tricampeonato olímpico.

"A gente trabalha quatro anos para chegar bem na Olimpíada, não são os problemas políticos ou econômicos do Brasil que vão desviar nosso foco. Lógico que a gente não deixa de se preocupar com o futuro do país, mas eu penso só na Olimpíada", afirmou.

Neste domingo, às 10h (com TV Globo e SporTV), a seleção brasileira enfrenta a Sérvia, na terceira partida do Grand Prix. O time de José Roberto Guimarães venceu os dois primeiros jogos, contra Itália e Japão.

"Não só eu quanto todo mundo está abaixo do que precisa para a Olimpíada, se estivesse bem agora não chegaria bem na Olimpíada", disse Sheilla, atualmente reserva da forte equipe Vankfikbank, da Turquia.

"[Por estar no banco] Cheguei melhor fisicamente, porque quando se está jogando você não consegue malhar. Mas as 12 jogadoras do meu time são muito fortes, então os treinos eram até mais fortes do que os jogos", concluiu.

Marcel Merguizo / Folhapress
Obras no Parque Olímpico da Barra.
Obras no Parque Olímpico da Barra.
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