Marcel Souza, 59, foi um dos maiores jogadores de basquete da história da seleção brasileira.
Mesmo assim, ele não se surpreende com o pedido de dispensa de jovens atletas que são convocados para a equipe nacional, atualmente.
O caso mais recente foi o do pivô Cristiano Felício, 23, que nem sequer entrou na pré-lista para a Olimpíada do Rio porque disse que preferia ficar nos EUA para a pré-temporada da NBA, onde atua pelo Chicago Bulls.
"O objetivo dessa geração é a NBA, não a seleção brasileira. É diferente da minha época. Eles querem primeiro jogar na NBA", afirma Marcel, hoje comentarista da Rede TV!.
Jefferson Coppola - 4.nov.2004/Folhapress | ||
Marcel orienta jogadores do São Bernardo em 2004 |
Bronze no Mundial de 1978 e campeão do Pan de Indianápolis-1987, entre outras conquistas pela seleção, Marcel conta que vê essa mudança na atual geração na própria família.
"Lá em casa eu e o Maury sempre falamos e defendemos, porque conhecemos o mundo com a seleção. Mas o meu sobrinho, filho do Maury, hoje tem uns 20 anos, joga em uma universidade da Flórida e sonha em ir para a NBA. Porque hoje a NBA mudou e também pega jogadores para formar", revela Marcel.
De qualquer forma, o ex-jogador acredita que a seleção brasileira tem chance de chegar até a uma final dos Jogos Olímpicos.
"O time é muito bom. Acredito que vai brigar por uma medalha. Se der sorte, não cruzar com os Estados Unidos na semi, pode até pegar final", conclui Marcel.
Kamil Krzaczynski/USA TODAY Sports | ||
Doug McDermott e Cristiano Felício (à direita) durante jogo do Chicago Bulls |