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Nuzman vai discutir com COI e Temer convite a Dilma para abertura da Rio-2016

O presidente do comitê organizador da Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, afirmou que vai discutir com o COI (Comitê Olímpico Internacional) e o presidente interino, Michel Temer, o convite à presidente afastada Dilma Rousseff para participar da cerimônia de abertura dos Jogos.

Nuzman disse que teria "o maior prazer em convidá-la". Ela já manifestou o desejo em participar do evento.

Contudo, a abertura deve ser declarada por Temer, que ocupa interinamente o cargo. Nos bastidores da Rio-2016 considera-se improvável que a petista participe do evento nessas condições.

Ricardo Borges/Folhapress
Michel Temer visita o Parque Olímpico no Rio
Michel Temer visita o Parque Olímpico no Rio

"Vou conversar com o COI e o presidente", disse Nuzman, durante a divulgação das medalhas dos Jogos do Rio.

Temer afirmou não se opor à presença de Dilma na cerimônia de abertura.

Ele disse que a Olimpíada é a "possibilidade de reunificação do pensamento nacional".

O presidente interino visitou pela primeira vez, nesta terça-feira, o Parque Olímpico da Barra, zona oeste do Rio, onde se reuniu com o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, e oito ministros.

"Não podemos ter brasileiros brigando com brasileiros. Isso foge à tradição sentimental do nosso povo, que sempre teve unidade muito grande", afirmou ele.

Questionado se teria alguma objeção em relação à ida de Dilma à cerimônia, Temer respondeu: "Para mim tanto faz. Não tenho nenhuma objeção. Evidente que não tenho".

Ele disse, porém, que o convite cabe ao comitê organizador da Olimpíada.

Bach, por sua vez, disse que este é um tema a ser decidido pelo comitê organizador.

O presidente interino afirmou também não ser uma preocupação a possibilidade de votação do impeachment durante os Jogos, que ocorrem entre 5 e 21 de agosto.

"Não, minimamente. O Brasil não vive em função dos que o dirige, mas de seu povo. Desde o primeiro momento em que assumi, disse que o que importa é o Brasil. Assim, tomei providências como se fora definitivo. O povo do mundo não estará preocupado com isso [impeachment]", afirmou Temer.

METRÔ

Ao lado do governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles (PP), o presidente interino afirmou que a União vai colaborar "não só com palavras, mas em termos financeiros também".

Ele prometeu "equacionar em definitivo a questão do metrô". A linha 4 em construção está com as obras atrasadas e o Estado depende da aprovação por parte do Tesouro Nacional para contrair novo empréstimo com o BNDES para a obra. Sem esses recursos, não há dinheiro em caixa para bancar a finalização do sistema.

"Estão sendo finalizados os estudos financeiros. Já combinei com o governador [Francisco] Dornelles [PP] uma conversa mais adiante para equacionarmos em definitivo a questão do metrô", declarou.

O Estado não pode contrair novo empréstimo por não ter pago uma parcela de uma operação de crédito internacional. Temer não explicou qual solução será encontrada.

Adriano Machado-2.mar.2016/Reuters
Michel Temer ao lado de Dilma Rousseff
Michel Temer ao lado de Dilma Rousseff
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