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A 50 dias dos Jogos Olímpicos, Rio tem obras 24 horas

A 50 dias dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, exatamente nesta quinta (16), operários trabalham durante 24 horas para finalizar as atrasadas obras da Rio-2016.

A sexta-feira (10) completava a sua primeira hora quando cerca de 20 operários tentavam transformar um imenso canteiro de obras novamente na avenida Salvador Allende, próxima à Vila dos Atletas da Olimpíada.

No meio da escuridão de mais de um quilômetro e diante de um frio de 15ºC, eles contavam com a ajuda de um holofote para acelerar a entrega da pista do novo BRT (Bus Rapid Transit, na sigla em inglês) da Transolímpica.

Orçado em R$ 2,2 bilhões, o corredor de ônibus que ligará Deodoro à Barra é uma das grandes obras urbanas para os Jogos Olímpicos.

A esburacada pista fica em frente à Vila Olímpica, onde em breve os principais atletas do planeta vão se hospedar para a disputa do evento.

A menos de dois meses da abertura dos Jogos, o Rio corre contra o tempo para conseguir finalizar as obras atrasadas.

A Transolímpica, por exemplo, deveria ter sido entregue no dia 26 de abril, segundo relatórios do Tribunal de Contas do Município.

Na sexta, operários trabalharam até o final da madrugada para deixar pronto o Velódromo, a ampliação do metrô, além da Transolímpica.

"O trabalho está andando bem aqui. Se depender do nosso esforço, tudo vai estar pronto até lá", disse o servente Willian Werneck, 55, acertando a grama numa das calçadas da pista de acesso da avenida Brasil para a Transolímpica em Deodoro, zona oeste do Rio.

Desde o início do ano no canteiro, ele recebe quase R$ 2.000 por mês para trabalhar de 18h até 3h15. "Logo depois, entra outro turno. A obra aqui não para", afirmou.

No outro lado da cidade, no Parque Olímpico, o silêncio da madrugada era interrompido pelos operários que levantam o Velódromo, a arena mais atrasada dos Jogos.

Dezenas trabalhavam do lado de fora e dentro da instalação. O barulho das máquinas podia ser ouvido à distância.

Por causa do atraso, a Prefeitura do Rio substituiu em maio a empreiteira responsável pelo projeto, orçado em R$ 138 milhões.

Em seguida, fechou acordo, de mais de R$ 55 milhões, para que outra empresa conclua a obra atrasada.

Em outro ponto da Barra, operários trabalhavam no acabamento da nova estação de metrô. De responsabilidade do governo do Estado, a obra é outra preocupação dos organizadores dos Jogos.

O Estado depende de um empréstimo do BNDES, em análise no Tesouro Nacional, para concluir a obra. Faltam cerca de R$ 500 milhões nos cofres fluminenses para concluir o trecho olímpico.

A extensão do metrô até o bairro tinha previsão de acabar no início do ano.

Auditoria do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio já informou que o atraso nas obras da linha 4 do metrô vai fazer com que o sistema opere sem os todos testes previstos. A inauguração está prevista para o dia 1º de agosto.

"O trabalho está caminhando. No final, vai dar certo", afirmou Aílton Perez, 53, num dos canteiros da Transolímpica.

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