A 50 dias dos Jogos Olímpicos, a organização do evento tem quatro grandes problemas para resolver: o atraso nas instalações temporárias da Arena Amazônia, as obras do Velódromo e do Centro Nacional de Hipismo e o reforço de energia das arenas.

De todas essas preocupações, a maior é com o estádio de Manaus, que está prestes a deixar de ser uma das sedes do futebol. O motivo é o problema com as instalações temporárias, de responsabilidade do governo estadual.

Seis partidas estão previstas para ocorrer na Arena Amazônia —quatro do futebol masculino e duas do feminino, sendo uma delas da seleção brasileira.

O corte de Manaus foi um dos principais temas do "Project Review", reunião ocorrida nesta quarta (15) entre representantes do COI (Comitê Olímpico Internacional), do Comitê Organizador da Rio-2016 e dos governos.

As instalações temporárias já estão em montagem nas outras cinco sedes do futebol. Elas são muito importantes para os protocolos de segurança, por servirem como ponto de bloqueio e de revista do público.

Na capital amazonense, também estão atrasados a montagem das tendas de TV, o cabeamento do estádio e o plano de transporte para as partidas. Segundo a Folha apurou, a área técnica da Rio-2016 já defendeu o corte de Manaus. Uma discussão política ainda ocorrerá para definir a saída.

Caso o corte se confirme, o comitê terá de ressarcir os torcedores que compraram os ingressos e reorganizar a tabela da competição.

A reunião desta quarta também tratou dos outros três grandes problemas.

O COI pediu reforço nos circuitos elétricos de algumas arenas, bem como o aumento da capacidade de carga, após quedas de energia em eventos-testes no Centro Olímpico de Esportes Aquáticos e na Arena Olímpica.

O Centro de Hipismo também preocupa. O principal atraso é no piso de competição, cuja evolução da obra não satisfaz o COI. A Prefeitura do Rio rescindiu o contrato com a empreiteira que realizava o trabalho e teve de contratar uma nova. Há atraso também na construção da Vila dos Tratadores e na montagem das cocheiras.

Já o Velódromo preocupa pelo lento avanço da construção, o que fez com que o evento-teste de ciclismo de pista fosse cancelado. O treino que servirá como avaliação ocorrerá no dia 25 de julho, sem que a arena esteja pronta.