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Paes defende Jogos e diz que Estado 'faz milagre' no metrô

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou nesta terça-feira (21) que a crise financeira do Estado não tem relação com a Olimpíada. Ele inclusive defendeu o desempenho do governo na construção da linha 4 do metrô, sob risco de não ficar pronta para os Jogos.

Paes convocou uma coletiva de imprensa para defender a realização da Olimpíada na cidade pela quarta vez desde que o Estado decretou calamidade pública em sua administração financeira. Seu principal alvo era melhorar da imagem dos Jogos do Rio no exterior.

Ele afirmou que a situação financeira do município é confortável, mesmo sendo responsável pela execução de 93% das arenas.

Paes citou como exemplo a relação entre o estoque da dívida do município e despesa corrente líquida, atualmente em 30%, contra 79% em 2008. O limite prudencial, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, é de 120% –o Estado está em 191%.

"A Prefeitura é quem banca a maior parte da Olimpíada. Se fosse para alguém estar quebrado por causa dos Jogos era o município, não o Estado. A crise do Estado não é por causa dos Jogos", disse Paes, que citou o percentual de 57% de recursos privados no custo da Olimpíada, atualmente em R$ 39 bilhões.

Li Ming/Xinhua
Obras na linha 4 do metrô
Obras na linha 4 do metrô

A obra da linha 4 do metrô, prometida ao COI (Comitê Olímpico Internacional) e de responsabilidade do Estado, vai consumir R$ 9,7 bilhões e representa cerca de 19% do estoque da dívida do governo do Rio.

Paes disse que a crise financeira estadual dura mais de um ano, mas não se alongou no debate sobre suas razões.

Ele elogiou o desempenho do Estado na construção da linha que vai ligar a Barra à zona sul –essencial para o fluxo dos torcedores para o Parque Olímpico.

"O Estado está fazendo em cinco, seis anos o que não fez em toda a história do metrô. Conseguiu construir 16 quilômetros numa região muito complicada. O Estado conseguiu um milagre", disse Paes.

A conclusão do trecho olímpico depende ainda de um aporte mínimo de R$ 498 milhões. Ele fará parte da ajuda federal ao Estado para a Olimpíada

O objetivo principal do prefeito foi melhorar a imagem internacional. Um dos alvos de Paes foi o economista norte-americano Andrew Zimbalist, que em entrevista à Folha afirmou ser impossível organizar os Jogos sem comprometer o orçamento público.

"O que a gente espera de um especialista é que se especialize e conheça os números", afirmou Paes.

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