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Técnico da Argentina pede demissão após ameaça de seleção não ir à Olimpíada

O técnico Tata Martino não é mais o técnico da seleção argentina de futebol. Nesta terça-feira (5), o treinador anunciou que deixa o cargo às vésperas da Olimpíada do Rio.

Segundo o jornal argentino "Olé", o estopim para a sua saída foi a indefinição de jogadores que irão disputar os Jogos.

De acordo com o "Clarín", as equipes locais não estão dispostas a ceder os seus jogadores. Dos 35 escolhidos pelo técnico, apenas há uma dúzia confirmada.

"Devido a indefinição na designação das novas autoridades da Associação de Futebol Argentino e nos graves inconvenientes para conseguir montar o plantel que representará o país nos próximos Jogos Olímpicos, a comissão técnica da seleção decidiu apresentar sua renuncia", escreveu a Federação Argentina de Futebol em comunicado em seu site oficial.

Vivendo uma crise em seu futebol, a Argentina anunciou mais cedo que poderá ficar sem time na Olimpíada do Rio de Janeiro. A hipótese foi levantada por Gerardo Werthein, presidente do COA (Comitê Olímpico Argentino).

"De 1 a 10, hoje tem 50% de chances da Argentina não apresentar equipe de futebol masculino nos Jogos Olímpicos", falou Werthein em entrevista à rádio argentina Mitre.

"É um pouco do que acontece com a AFA [Associação de Futebol Argentino]. Faz 20 meses que não fala conosco", completou.

O dirigente do COA revelou que teve de conversar com os clubes para que os jogadores fossem liberados.

"A AFA não se mexe, não toma decisões, é uma AFA muda. O futebol é uma representação muito importante para o país. E hoje não se poder formar um elenco para competir no Rio é uma vergonha", completou.

A crise da AFA ficou ainda maior depois da final da Copa América. O presidente da entidade, Luis Segura, renunciou ao cargo recentemente.

CRISE

Após perder para o Chile nos pênaltis e deixar escapar pela terceira vez seguida um título em final, o astro Lionel Messi disse que não joga mais pela seleção argentina.

A decisão do camisa teve forte efeito. O colega Agüero afirmou que ele não deverá ter essa atitude sozinho. De acordo com a imprensa argentina, Mascherano e Higuaín também podem anunciar o fim da carreira na seleção.

As declarações foram interpretadas de duas formas: como a desistência de uma geração gestada desde as categorias de base com muita expectativa (bicampeões mundiais e olímpicos); e como uma forma de exercer pressão nos dirigentes da AFA.

A AFA vive caos institucional, sob processo de intervenção da Fifa, que identificou problemas nas contas da sua filiada em contratos fechados com o governo local. O governo de Mauricio Macri também afirma ter encontrado irregularidades nas relações entre a entidade e governo anterior, de Cristina Kirchner.

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