O prefeito do Rio, Eduardo Paes, participou nesta terça-feira (5) no estádio do Engenhão de cerimônia que marcou a contagem regressiva de 30 dias para o início dos Jogos Olímpicos.
Ao apresentar as intervenções urbanas promovidas pelo governo, ele recorreu ao discurso que costuma repetir para justificar a escolha da cidade como sede olímpica.
Vanderlei Almeida - 21.jun.2016/AFP | ||
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, durante entrevista coletiva |
"O que nos fez sensibilizar os eleitores do Comitê Olímpico Internacional foram as mazelas do Rio de Janeiro. Mostramos cenas de engarrafamento, enchentes, problemas de infraestrutura. Essa foi a razão pela qual vencemos os jogos. Não venham aqui esperando Chicago, Nova York ou Londres. Comparem o Rio com o Rio", disse o prefeito, que participou da inauguração do Museu da Cidade Olímpica, ao lado do Engenhão.
Paes comentou os investimentos em obras de infraestrutura e mobilidade realizadas na cidade, como a duplicação do Elevado do Joá, a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos e as obras de revitalização do Porto.
"Os gastos foram de R$ 7 bilhões, sendo que 60% desse dinheiro veio do setor privado. A título de comparação, um estádio olímpico em Londres custou mais que todas as nossas arenas. O que a prefeitura gastou com estádio é 1% do que investiu em saúde e educação", disse o prefeito.
Presente no evento, o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, minimizou as preocupações com a situação da segurança pública do Estado. Ele reforçou que a liberação de crédito do governo federal para a operação de segurança dos jogos vai normalizar o pagamento de policiais militares, civis e bombeiros que estão com vencimentos atrasados.
"Os R$ 2,9 bilhões que o presidente Michel Temer liberou por medida provisória como crédito suplementar, absolutamente necessário para a segurança da Olimpíada, já foram transferidos para o Estado do Rio pagar o salário dos policiais", disse Moraes.