O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, apresentou na tarde desta terça (5) parte da equipe da Força Nacional que atuará no Rio durante a Olimpíada. Os agentes serão responsáveis pela segurança interna das arenas e pela área externa dos locais de competição.
Alexandre de Moraes disse que não revelaria qual o número de agentes da Força atuará nos Jogos. "Temos todo o efetivo necessário para as funções que nos foram atribuídas", disse o ministro.
A Folha apurou que dos 9.600 previstos inicialmente, ou seja, todos os inscritos na Força Nacional no Brasil, virão ao Rio 6.000 agentes. Cinco mil já integram os quadros da Força. Outros mil foram pedidos pelo governo federal ao Estado de São Paulo, que atendeu a solicitação.
Paulo Lisboa - 21.jun.2016/Brazil Photo Press/Folhapress | ||
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante entrevista |
"São Paulo vai suprir os faltantes dentro das instalações. Garanto que haverá absoluta segurança", disse.
Na cerimônia de apresentação havia mil agentes de todos os Estados do país mais o Distrito Federal. Eles serão divididos em cinco equipes para a segurança das arenas.
O evento aconteceu em frente à arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.
"O esquema de segurança foi elaborado por experts do COI [Comitê Olímpico Internacional]. Tenho certeza que tudo dará certo", afirmou o presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), Carlos Arthur Nuzman.
TROCA DE TIROS
Na noite desta segunda (4) equipes da Força Nacional de Segurança se envolveram numa troca de tiros, no entroncamento entre a avenida Brasil e a Linha Amarela, duas das principais vias de acesso ao Rio. Um dos disparos atingiu o veículo do grupo. Nenhum policial foi ferido.
De acordo com uma gravação que seria de um agente da Força, o grupo se viu no meio de um tiroteio e precisou revidar. A assessoria do Ministério da Justiça confirmou o ataque e que os disparos não tinham nada a ver com o trabalho do grupo.
CRÍTICAS
A um mês do início do evento mundial, o prefeito do Rio de Janeiro disse que o governo fluminense está fazendo um "trabalho horrível" na área e segurança e citou o reforço nacional como uma solução para a situação estadual.
Ele também comemorou o fato de o setor não ser responsabilidade apenas do governo do Estado durante os Jogos.
"Vai ter a Força Nacional de Segurança, o Exército, a Marinha. Todos estarão aqui. Acho que eles fazem um trabalho terrível na segurança, antes e depois dos Jogos. Ainda bem que não serão os responsáveis pela segurança durante os Jogos", afirmou.
Vanderlei Almeida - 21.jun.2016/AFP | ||
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, durante entrevista coletiva |