Dois anos após expressar o desejo de premiar financeiramente atletas que forem ao pódio nos Jogos Olímpicos do Rio, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) disse que enfim obteve apoio para fazer a remuneração.
A entidade afirmou que fechou acordo com dois de seus patrocinadores privados recentemente e, pela primeira vez desde a Olimpíada de Atenas-2004, pagará bônus aos medalhistas.
Há 12 anos, na Grécia, uma parceria com a Coca-Cola garantiu prêmios de até R$ 70 mil para quem subiu ao pódio. Nos Jogos de Pequim, em 2008, e nos de Londres, em 2012, não houve o chamado "bicho" pelas conquistas.
Como a maior parte de sua receita advém de recursos públicos —sobretudo da Lei Piva—, o COB não poderia fazer pagamentos de maneira direta.
Por isso a necessidade de se associar a alguma empresa que encampasse a ideia.
A vontade de dar um incentivo a mais aos competidores também se deve à meta traçada pelo comitê, de que o Brasil fique entre os dez melhores no quadro de medalhas pelo total de pódios obtidos.
O diretor executivo de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire, disse pela primeira vez que pensava em premiar os medalhistas em março de 2014.
Agora que o bônus ficou definido, o comitê dará o mesmo valor para todos os medalhistas, seja de ouro, prata ou bronze. A intenção do comitê é valorizar igualmente o total de pódios, como na meta estabelecida para o quadro de medalhas.
"Não vai ser nada grande. É algo para marcar as conquistas, sem distinguir as medalhas", afirmou Freire.
PARAOLÍMPICOS
O CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) anunciou em fevereiro deste ano que vai recompensar os atletas que ganharem medalhas nos Jogos do Rio, em setembro. Serão pagos R$ 60 mil para quem conquistar medalhas de ouro em disputas individuais e R$ 30 mil para cada competidor nas provas coletivas.
Medalhistas de prata e bronze, respectivamente, receberão R$ 30 mil e R$ 20 mil (nas coletivas estes valores caem para R$ 15 mil e R$ 10 mil).
Guias, auxiliares e calheiros (da bocha) receberão um terço do valor ganho por seus atletas.