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Iatistas reclamam de sujeira na baía de Guanabara

A menos de um mês da Olimpíada, iatistas estrangeiros ainda reclamam da sujeira da água da baía de Guanabara —a sua despoluição é um dos principais fracassos em termos de legado.

"Nos últimos dias, a água esteve suja demais. No domingo (3), voltamos com o barco com enormes manchas de gasolina. Se fosse durante a Olimpíada, a regata teria que ser cancelada", disse a alemã Anika Lorenz.

"Estive aqui no ano passado e nada mudou. A sujeira é a mesma. O pior é que não vejo limparem", disse a alemã Carolina Werner, competidora na categoria mista Nacra17, que estreia na Rio-2016.

Apesar das críticas, os organizadores dos Jogos afirmam que as regatas serão disputadas em águas limpas.

Temendo uma possível contaminação, os atletas foram proibidos pelos chefes das suas equipes de mergulharem na água da baía.

"Nem se conquistarmos uma medalha vou poder comemorar com o tradicional mergulho na água", disse Werner.

Já os suíços instalaram mosquiteiros nas suas camas para evitar a dengue e a zika. Passam também uma loção especial para "eliminar bactérias e vírus" quando deixam a água.

Apesar de lamentar a situação, o técnico argentino Sebastian Peri Brusa diz que os atletas terão que se conformar com o cenário.

"Já vimos de tudo aqui. Garrafas, piscinas de plástico e até cama. Quem está aqui sabe o que vai encarar e está se preparando para isso. O importante é montar a melhor estratégia possível para superar isso", disse o argentino, que comanda parte dos iatistas suíços.

Ricardo Borges/Folhapress
Atleta limpa o barco após treino na baía de Guanabara
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