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ANÁLISE

Título do Grand Prix tira um peso dos ombros das brasileiras rumo ao Rio

Desde Londres-2012, quando foi batida pela seleção brasileira na final, a equipe dos EUA é considerada a melhor do mundo. Foi superada na final olímpica, e mesmo assim de José Roberto Guimarães às jogadoras a opinião era a mesma: as americanas chegarão aos Jogos do Rio como favoritas ao ouro.

Pois a vitória das bicampeãs olímpicas na final do Grand Prix, neste domingo (10), na Tailândia, por 3 sets a 2, mostra que em quadra o discurso é outro.

Mais do que o 11º da título seleção brasileira, o oitavo sob o comando de Zé Roberto na competição, a vitória no Grand Prix quebra uma sequência negativa do Brasil contra os EUA em grandes competições.

No Mundial de 2014, as brasileiras foram derrotadas pelas americanas (campeãs contra a China) por 3 sets a 0. No Grand Prix do ano passado, outra derrota das comandadas de Zé Roberto, na decisão do ouro na casa das americanas (desta vez, porém, o Brasil jogava com um um time misto, devido ao Pan de Toronto).

Ou seja, a vitória deste domingo tira um peso dos ombros das brasileiras rumo aos Jogos do Rio –na qual as duas seleções são as favoritas a fazerem a final. A China, hoje terceira potência rumo à Olimpíada, poupou algumas de suas principais atletas no Grand Prix justamente em razão da Olimpíada carioca.

EUA e China estão no mesmo grupo na Olimpíada (ao lado de Sérvia, Itália, Holanda e Porto Rico). O Brasil está do outro lado da chave (com Rússia, Japão, Coreia do Sul, Argentina e Camarões). Se as projeções se confirmarem, com americanas e brasileiras na liderança dos grupos, um novo confronto ocorrerá apenas na final.

Até lá, as brasileiras terão uma semana de folga até o retorno aos treinos em casa e os últimos cortes ocorrerão para definir as 12 que jogarão no Rio.

Até lá, o discurso pode até ser mantido, elogiando o trabalho do técnico americano Karch Kiraly (melhor comandante que Zé Roberto? Não), a quantidade de boas jogadoras espalhadas pelo mundo que ele teve à disposição para formar seu grupo (aí uma vantagem americana, apesar de não terem um campeonato nacional, apenas universitário), a qualidade das centrais Adams e Akinradewo (são melhores que Thaísa e Fabiana? Não), o talento da levantadora Alisha Glass (melhor que Dani Lins? Não), entre outras comparações entre ponteiras, opostas e líberos (lembrando que a Natália foi eleita a melhor jogadora do Grand Prix neste domingo).

Até lá, até o dia 6 de agosto (quando estreiam no Rio) ou até dia 20 de agosto (dia da decisão do ouro), muito poderá ser falado, analisado, questionado, mas em quadra, a última resposta quem deu foi o Brasil, e o discurso com a bola nas mãos foi de favorita ao tricampeonato olímpico.

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