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Reserva na Rio-2016, Rodrigo Pessoa diz que discorda de técnico

Principal cavaleiro do Brasil, Rodrigo Pessoa disse que discorda da convocação do técnico George Morris, que o deixou na reserva da lista para a Rio-2016.

A CBH (Confederação Brasileira Hipismo) anunciou nesta segunda-feira (18) a equipe que representará o país na Olimpíada.

"O maior sonho de um atleta é disputar os Jogos Olímpicos, em casa então é um privilégio. Só que nosso esporte depende também de um ser vivo. O Jordan, que foi a minha aposta para os Jogos Olímpicos Rio 2016, acabou se machucando durante o processo. Fiquei com a Cadjanine, que disputou as Olimpíadas de Londres pela Bélgica. Informei a CBH e ao técnico George Morris que a égua está pronta para os Jogos do Rio", disse Pessoa por meio de sua assessoria de imprensa.

"Hoje, não concordo com esta decisão do técnico de me colocar como reserva e estou pronto para contribuir com a equipe brasileira como fiz nos últimos 25 anos, em Olimpíadas, Mundial e Jogos Pan-Americanos. Vamos aguardar os próximos dias e ver o que o futuro nos espera", afirmou.

Em breve contato telefônico com a Folha, Pessoa disse que prefere dar entrevistas ou comentar o assunto apenas futuramente.

"Essa pílula vai ser difícil de engolir", disse, sobre sua condição de reserva da equipe.

Perguntado se existe a possibilidade de abrir mão de sua vaga, levantada devido à conclusão enigmática de seu comunicado, ele não quis quebrar o suspense.

"Eu quis dizer o que está no comunicado, mesmo. Vamos dar alguns dias para processar tudo isso", finalizou.

Pessoa é o único campeão olímpico brasileiro no hipismo e, caso nenhum cavaleiro brasileiro do salto deixe de participar, não participará de provas. Ele fez parte da equipe brasileira nas últimas seis Olimpíadas e recebeu medalha de ouro em Atenas, em 2004. Também ganhou medalha de bronze em Atlanta, em 1996, e Sydney, em 2000.

Flavio Florido - 4.ago.2012/UOL
Rodrigo Pessoa em ação nos Jogos Olímpicos de Londres
Rodrigo Pessoa em ação nos Jogos Olímpicos de Londres

Segundo Luiz Roberto Giugni, presidente da CBH, a decisão foi tomada por Morris com base em critérios objetivos.

"Rodrigo Pessoa dispensa apresentações, é o nosso principal cavaleiro, campeão olímpico. A decisão foi tomada pelo nosso técnico, George Morris, pensando em brigar lá em cima sem a menor ponta de dúvida, especialmente em termos de cavalo", explicou, ressaltando que a CBH não interferiria em decisões técnicas.

"Procuramos seguir absolutamente o que nos passa a equipe técnica. Hoje, não temos um super cavalo com o Rodrigo devido a problemas veterinários".

Giugni explicou que Ferro Chin, que vinha sendo preparado por Pessoa para a Rio-2016, teve que passar por cirurgia há um mês devido a cólica, ao passo que Status, outra possível escolha do cavaleiro, "não vinha com resultados convincentes".

Doda Miranda, um dos principais cavaleiros do grupo, tentou diminuir a importância da posição de Pessoa na reserva.

"Temos uma das equipes mais fortes, tanto pelos cavalos e cavaleiros como pela união. Muitos de vocês devem colocar em dúvida nossa equipe com o Rodrigo na reserva, mas a gente deve ver por outro ângulo. Imagine o quanto a equipe evoluiu se o Rodrigo é o nosso quinto", disse.

A equipe brasileira de salto será composta por Doda Miranda, Eduardo Menezes, Pedro Veniss e Stephan Barcha, com Pessoa como reserva.

No adestramento, Giovanna Pass, João Victor Oliva, Luiza Tavares de Almeida, Pedro Tavares de Almeida, com Manuel Tavares na reserva, compõem o grupo.

No concurso completo, Carlos Paro, Márcio Appel, Marcio Carvalho e Ruy Fonseca serão os titulares, enquanto Nilson Moreira está na reserva.

Brasileiros na Rio-2016

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