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Seleção masculina de vôlei é a mais inexperiente em Olimpíadas em 44 anos

Há 44 anos o Brasil não tem uma seleção masculina de vôlei mais inexperiente em Jogos Olímpicos quanto esta do Rio.

Com os cortes, nesta segunda (18), do ponteiro Murilo (prata em Pequim-2008 e Londres-2012), do central Isac e do líbero Tiago Brendler, o técnico Bernardinho terá à disposição apenas quatro atletas que já disputaram ao menos uma edição olímpica.

Estarão no Rio o levantador Bruninho, o central Lucão, o oposto Wallace e o líbero Serginho —este o único remanescente da conquista do ouro em Atenas-2004.

Franck Robichon/Efe
O jogador da seleção brasileira de vôlei Murilo Endres durante partida nos Estados Unidos.
O jogador da seleção brasileira de vôlei Murilo Endres foi cortado da Rio-2016

Completam a seleção brasileira os estreantes Lucarelli, Lipe, Maurício Borges e Douglas Souza (ponteiros), Maurício Souza, Lucão e Éder (centrais), Evandro (oposto) e William (levantador).

"Bernardinho vai ter que saber conduzir os atletas, para que não se distraiam. O Serginho e o Bruninho podem ajudar. Porque Olimpíada é mágica", diz o campeão olímpico Gustavo Endres, que disputou os Jogos de 2000, 2004 (ouro) e 2008 (prata).

"Nesta Olimpíada ainda tem meu maior temor: jogar no Brasil com muita visibilidade, imprensa, outros atletas. Na primeira Olimpíada é muito fácil se perder", completa Gustavo, irmão de Murilo, cortado nesta segunda.

Desde que o Brasil ganhou sua primeira medalha olímpica no vôlei, a prata em Los Angeles-1984, com nove remanescentes, não falta tanta experiência olímpica.

Experiência do Brasil no vôlei - Número de atletas da seleção masculina que já tinham participado de uma edição dos Jogos

Em Moscou-1980, também foram quatro veteranos. Antes, Munique-1972 registrou apenas um brasileiro com passagem nos Jogos: Moreno, que esteve em 1968, no México. A modalidade estreou em Tóquio-1964.

"São jogadores que nunca jogaram Olimpíada mas que estão jogando finais. Acredito que não vai pesar tanto essa falta, mesmo porque não é tão simples jogar várias Olimpíadas. É um campeonato com valor incomparável com outras competições, mas acho que isso não vai afetar tanto porque tem uma comissão técnica que vai saber conduzir da melhor forma possível", pondera o levantador Ricardinho, ouro em 2004 e prata em 2012.

Nos últimos Jogos, já sob o comando de Bernardinho, a média foi alta. Sete veteranos em Atenas-2004, nove em Pequim-2008 e, novamente, sete em Londres-2012. O que resultou em um ouro e duas pratas para o Brasil.

"Sem dúvida a falta de experiência faz diferença. Não em quadra, mas fora é diferente, pelo clima. A pressão é mais pela emoção, pelos bastidores. Na quadra é igual. Fora a falta de experiência pesa bastante", diz o central Rodrigão, campeão em 2004 em sua Olimpíada de estreia e prata em 2008 e 2012, já como veterano da seleção.

FEMININA

Já a seleção feminina manteve a maior parte da equipe bicampeã olímpica.

Apesar do corte da oposto Tandara, ouro em 2012, além da exclusão da experiente líbero Camila Brait e da levantadora Roberta, ainda são oito jogadoras com passagens por Jogos anteriores.

A seleção no Rio terá as bicampeãs Fabiana, Thaísa, Jaqueline e Sheilla, as campeãs Dani Lins, Adenízia, Natália e Fê Garay, e as estreantes Gabi, Fabíola, Juciely e Léia.

João Pires/Fotojump
Camila Brait, libero do Nestle Osasco e da selecao brasileira. Foto: : Joao Pires/Fotojump ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Camila Brait foi cortada da seleção feminina de vôlei para a Rio-2016

RECORDE

As seleções de vôlei fazem parte da maior delegação brasileira da história dos Jogos, com 462 atletas.

O número recorde foi confirmado pelo COB (Comitê Olímpico do Brasil) nesta segunda (18). A delegação terá 253 homens e 209 mulheres como competidores —além de 344 outros integrantes como técnicos, oficiais e médicos; o número total é 806.

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