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Mesmo sem atletismo, Rússia deve ter estrelas em briga pelo topo da Rio-2016

Mesmo sem poder contar com estrelas do atletismo, a Rússia ainda deverá ser uma das maiores potências esportivas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Neste domingo, o COI (Comitê Olímpico Internacional) decidiu não vetar a presença dos 348 atletas do país inscritos no evento. A possibilidade surgiu após um relatório que denuncia um esquema estatal de doping no país ser divulgado semana passada.

O comitê preferiu deixar que a federação internacional de cada modalidade decida se os atletas devem ser banidos. Só os 68 russos do atletismo foram punidos até agora.

Mesmo desfalcado, o país poderá enviar 43 atletas que figuram na elite de suas modalidades, segundo levantamento da Folha.

Esses competidores ou são os melhores do mundo em sua modalidade ou subiram ao pódio no campeonato mundial mais recente.

O número de estrelas na Olimpíada ainda pode diminuir se alguma federação anunciar punições. A IFT (Federação Internacional de Tênis) foi a primeira a se posicionar, afirmando que não puniria os oito russos inscritos para a competição.

Nesta segunda-feira (25), o Comitê Olímpico da Rússia admitiu que pelo menos oito atletas do país devem ser impedidos de competir na Rio-2016, após a decisão do COI.

Situação da Rússia

MEDALHAS

Uma parte significativa das medalhas obtidas pela Rússia em Jogos Olímpicos vem do atletismo, mas o país pode ter um bom desempenho no quadro de medalhas mesmo sem o esporte.

Se a punição prevista para a Rio-2016 estivesse valendo na última edição dos Jogos, a Rússia continuaria em quarto lugar, atrás de Estados Unidos, China e Reino Unido.

Nos Jogos de Londres, em 2012, o atletismo foi responsável por 18 medalhas, sendo oito de ouro. O país terminaria a disputa com 16 ouros, três a mais que a Coréia do Sul, quinta colocada.

Entre as modalidades em que a Rússia é favorita no Rio estão a luta olímpica (quatro ouros em 2012) e no nado sincronizado (dois ouros).

DECISÃO DO COI

A Rússia correu risco de ficar fora da Rio-2016 após um relatório ser divulgado pela Wada (Agência Mundial Antidoping) na semana passada.

O documento investigou denúncias de um esquema de doping generalizado e apoiado pelo governo russo entre os anos de 2011 e 2015.

Após o relatório afirmar que havia evidências do esquema "além de qualquer dúvida", a Wada recomendou que todos os atletas do país fossem vetados dos Jogos do Rio.

Neste domingo, o COI contrariou a sugestão, declarando que "se guiou por uma regra fundamental da Carta Olímpica sobre proteger atletas limpos e a integridade do esporte". Além de delegar a decisão sobre a participação da Rússia às federações internacionais de cada modalidade, o comitê anunciou outros pré-requisitos.

Qualquer atleta, técnico ou oficial envolvido diretamente com o esquema relatado pela Wada está proibido de competir. Além disso, nenhum atleta russo que já tenha sido pego em um exame antidoping será aceito na Rio-2016.

A medida excluiu da disputa a corredora dos 800 metros rasos, Iuliia Stepanova, que havia colaborado para delatar o esquema. Em uma espécia de "delação premiada", a atleta tinha conseguido uma permissão da Iaaf (Associação Internacional das Federações de Atletismo) para competir sob a bandeira neutra, mas o COI reviu a decisão.

Doping na Russia

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