Com a desistência do número 3 do mundo, Roger Federer, 34, dos Jogos do Rio, divulgada nesta terça (26), já são quatro os tenistas entre os dez melhores a anunciar que não virão ao Brasil.

Com uma lesão no joelho, o suíço se junta ao canadense Milos Raonic (7º) e ao tcheco Thomas Berdych (8º), que também disseram não à Olimpíada — os dois alegaram o medo de contrair o zika vírus.

Federer afirmou ainda que não joga mais neste ano. "Estou extremamente desapontado em anunciar que eu não estarei apto a representar a Suíça nos Jogos do Rio e que também perderei o resto da temporada", disse.

Além de lesões e zika, outro fator preponderante para essa debandada é o calendário apertado. O Masters 1.000 de Toronto acaba seis dias antes do início da competição masculina nos Jogos, em 6 de agosto. Já o US Open, um dos torneios mais importantes do circuito começa em 29 de agosto, exatamente 15 dias depois do fim do tênis na Olimpíada.

O problema foi abertamente exposto peloe ao austríaco Dominic Thiem, nono do mundo, que disse que não viria ao Rio porque pretendia priorizar outros torneios no mundo.

Por ora, os dois melhores, Novak Djokovic (1º) e Andy Murray (2º) estão garantidos para defender Sérvia e Grã-Bretanha, respectivamente.

NADAL

O número de desistências de atletas top 10 do ranking pode crescer. O espanhol Rafael Nadal (4º) trata lesão no punho que o impediu de disputar o Masters 1.000 de Toronto, último torneio antes dos Jogos Olímpicos do Rio.

A expectativa é que o espanhol, que ficou fora de Londres-2012 por uma tendiopatia no joelho, participe neste ano e carregue a bandeira espanhola na abertura, no dia 5 de agosto no Maracanã.

Stan Wawrinka, que possivelmente seria o companheiro de Federer na disputa por duplas pela Suíça, também não confirmou se virá ao Rio. Nesta terça (26), ele afirmou que a decisão sobre a parceria seria tomada nos "últimos minutos" —não se sabe se foi uma prévia do que Federer viria a revelar horas depois ou se a sua participação na Rio-2016 também está sob risco.

O japonês Kei Nishikori (6º) e o francês Jo-Wilfried Tsonga (10º) também não deram certeza se virão ao Rio.