O caça-bombardeiro/avião de ataque leve americano A-4 Skyhawk é um clássico da história da aviação a jato, e notadamente da aviação naval. Seu projeto foi encomendado pela Marinha dos EUA em 1952 à empresa aeronáutica Douglas, em plena Guerra da Coréia (1950-1953). O lendário projetista Ed Heinemann produziu uma obra-prima de aeronave, que voou pela primeira vez em 1954 e ainda hoje é usada pela Marinha do Brasil.

É um veterano de várias guerras amado pelos pilotos pela sua facilidade de voar. O engenheiro aeronáutico John Golan, que trabalhou com Heinemann, diz que um piloto, após seu primeiro voo em um A-4, comentou: "era tão simples de voar, que eu ficava olhando pelo cockpit procurando algo para fazer".

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É difícil ocorrer falha humana em um avião tão dócil, com motor poderoso para seu peso-pluma. O piloto pode ter se empolgado pelo treinamento simulando um ataque real. Só a investigação da Marinha dirá.

Foram produzidos 2.960 Skyhawks entre 1954 e 1979. Os 23 aviões brasileiros adquiridos pela Marinha estão entre os mais novos, mas foram comprados de segunda-mão da Força Aérea do Kuait, que os usou em combate durante a Guerra do Golfo de 1991. Estavam entre os mais antigos e menos sofisticados aviões usados pela coalizão liderada pelos EUA.

Mas as estruturas dos aviões estavam em bom estado; e como foram modernizados, fica difícil imaginar qual problema mecânico ou eletrônico possa ter acontecido.

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Os Skyhawk foram o principal vetor de bombas da Marinha dos EUA na Guerra do Vietnã desde 1965; também fizeram boa parte dos ataques da Força Aérea Israelense em três guerras com os vizinhos árabes. Um A-4 argentino afundou a fragata britânica HMS Ardent durante da guerra das Falklands/Malvinas em 1982.

E apesar de já ser um veterano "cansado de guerra", passou a integrar o esquadrão que simulava o caça soviético MiG-17 no famoso programa de treinamento de pilotos de caça "Top Gun". A Marinha dos EUA só o aposentou em 2003. Nada mal para um senhor nascido em 1954.

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