O presidente do COI, Thomas Bach, reconheceu que há problemas a serem resolvidos até o começo dos Jogos, no próximo dia 5 de agosto, e aproveitou para fazer uma crítica bem humorada aos brasileiros.
"Há sempre desafios para superar antes dos Jogos. Eu vi bom progresso nos últimos meses. Nós sabemos que os brasileiros gostam de terminar as coisas no último segundo", declarou o cartola.
A frase foi falada em uma entrevista na praia da Barra. O alemão saiu de seu hotel, atravessou a avenida Lúcio Costa, para jogar alguns minutos de futebol na areia. Jogou bola por alguns minutos com jovens de uma escolinha de futebol e contou com a presença de Leandro Damião, novo reforço do Flamengo.
Apesar da crítica, Bach aliviou para o Brasil, dizendo que sempre faltam coisas antes dos Jogos de fato começarem.
"Eu tenho certeza que vamos ter Jogos fantásticos. Nunca em hipótese nenhuma tivemos tudo 100% faltando dez dias para a Olimpíada. No Rio, não é diferente", completou.
Perguntado sobre a frase, o Comitê Rio-2016 concordou com a afirmação e disse que é verdade que os brasileiros deixam as coisas para as últimas horas. O órgão, porém, ponderou que os Jogos estavam prontos com antecedência.
FUTEBOL NA PRAIA
Antes de se encontrar com Leandro Damião, Bach recebeu Jorginho, técnico do Vasco, em seu hotel.
O ex-jogador, que teve passagem pelos clubes Bayer Leverkusen e Baryen de Munique, deu de presente ao cartola uma camisa do time cruzmaltino.
Os dois conversaram por alguns minutos em alemão, deram risadas e trocaram confidências, um falando no ouvido do outro. Por volta das 17h, deixaram o local em direção à praia.
De bermuda, tênis de passeio branco de marca Nike, Bach estava acompanhado de assessores e do presidente do COB e Rio-16, Carlos Arthur Nuzman, mas não foi seguido por seguranças. Homens da Força Nacional, que ficam próximo ao hotel, não se movimentaram em conjunto. Assim foi durante todo o evento.
Alguns minutos depois, Leandro Damião apareceu no local. De calça jeans e tênis social, topou entrar na roda para trocar bola, com o dirigente e os garotos.
Para terminar, Bach bateu alguns pênaltis e até defendeu um. Recebeu ainda a camisa do Brasil, com seu nome escrito, e uma da Flamengo, essa das mãos do atacante.
Sorridente, conversou com a imprensa que o acompanhava mais uma vez, respondendo a diversas perguntas. Disse repetidas vezes sobre o entusiasmo que vê no Rio com os Jogos e a felicidade que enxerga no rosto dos atletas.
Na penúltima pergunta, quando o evento já estava terminando, respondeu sobre a preferência dos brasileiros em terminar tudo de última hora. Em seguida, seus assessores pediram o fim da entrevista. O alemão, então, se retirou, de volta ao hotel.
