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Força Nacional assumirá segurança da entrada das arenas na Olimpíada

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou na manhã desta sexta-feira (29) que 3.000 policiais militares inativos assumirão os postos de checagem e raio-x nas arenas durante os Jogos Olímpicos do Rio.

O governo federal rompeu o contrato com a empresa privada contratada para fazer esse serviço, a Artel, que será multada.

Moraes diz que a companhia não cumpriu o acordo de colocar 3.400 pessoas para atuar na entrada das arenas olímpicas alegando problemas financeiros.

Segundo o ministro, não mais que 500 pessoas foram colocadas para prestar o serviço, fato que gerou transtornos na entrada dos eventos e comprometeu a segurança. Ele afirma que o governo irá multar a empresa.

Pedro Ladeira/Folhapress
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante vistoria no Aeroporto Internacional de Brasília nesta segunda-feira (25)
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, durante vistoria no Aeroporto Internacional de Brasília nesta segunda-feira (25)

O ministro diz ainda que policiais militares inativos há no máximo cinco anos foram chamados para se juntar à Força Nacional.

Não está claro se eles foram convocados especificamente em função do problema com a empresa. Moraes informou que a decisão foi permitida por uma Medida Provisória editada pelo presidente interino Michel Temer.

O ministro da Justiça divulgou a informação em discurso durante inspeção do sistema de segurança do aeroporto do Galeão, no Rio.

"Os Jogos não sofrerão prejuízo porque será uma substituição para melhor", afirmou Moraes. "Agora 100% dos locais olímpicos [arenas] serão protegidos pela Força Nacional", disse.

Procurada pela Folha, a empresa Artel ainda não se pronunciou sobre a quebra do contrato e multa.

Uma funcionária que operava uma raquete detectora de metais na barreira de segurança montada próxima ao Rio 2, condomínio residencial em frente ao Parque Olímpico, na Barra, disse que ainda não foi informada sobre o rompimento do contrato.

Segundo ela, que não quis ter o nome divulgado, supervisores da Artel recolheram a folha de ponto dos funcionários na última quinta-feira (29). Ela, que começou a trabalhar no último dia 22, disse estar preocupada de não receber pelo trabalho desempenhado.

No primeiro dia de trabalho, a funcionária relatou ter recebido instruções da Força Nacional, que monitorava as atividades dos terceirizados. Sua rotina na barreira de segurança era vistoriar bolsas e mochilas e passar a raquete detectora de metais nos espectadores. Quando encontrava algum material restrito, chamava os agentes da Força Nacional.

A Folha esteve na tarde desta sexta-feira na sede da empresa Simetria, contratada pela Artel para seleção de funcionários, no centro do Rio.

Um funcionário, que não quis se identificar, disse que o processo seletivo continua normalmente. O site da Simetria exibia até às 19h25 desta sexta um anúncio para vagas de trabalho na Olimpíada.

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