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Rogério Micale quer seleção brasileira olímpica ofensiva e 'pelo povo'

Um time ofensivo com Gabriel Jesus, Neymar e Gabriel e apenas um volante de marcação. Um esquema inédito na seleção, o 4-1-4-1. E um treinador ousado, que gosta de misturar política e futebol.

A partir das 16h30 (com Globo e SporTV), a seleção olímpica fará neste sábado (30) o único teste antes da abertura dos Jogos Olímpicos.

Ensaiado por Rogério Micale há menos de duas semanas, o time nacional enfrentará o Japão, no Serra Dourada.

Escolhido às pressas pela CBF após Tite recusar o comando do time na disputa da inédita medalha de ouro olímpica, o baiano de 47 anos promete uma equipe arrojada. Além do trio ofensivo, ele vai colocar os meias Rafinha e Felipe Anderson em campo. O volante Thiago Maia é o único com características defensivas no meio campo da seleção no Serra Dourada.

Fã de Pep Guardiola, o treinador não descarta deixar o time no segundo tempo com quatro atacantes. Em Teresópolis, ele ensaiou várias vezes o atacante Luan, do Grêmio, com Jesus, Neymar e Gabriel.

"É possível ser equilibrado com quatro atacantes se houver entendimento do momento de mudar a chave [de todos marcarem quando o time perder a bola], explicou Micale, que fez carreira comandando times nas categorias de base.

Os jogadores apoiam o novo estilo desenhado pelo treinador. O zagueiro Marquinhos disse estar adaptado.

Editoria de Arte/Folhapress

Convocado para ser titular, o meia Renato Augusto ficará na reserva em Goiânia.

O goleiro Fernando Prass é dúvida para o jogo. Com dores no cotovelo direito desde segunda (25), o palmeirense treinou na sexta, mas terá que fazer um teste antes do jogo para confirmar a escalação.

Se Prass for vetado, Uilson, do Atlético-MG, será o titular.

REPÚDIO À CORRUPÇÃO

Depois do fracasso do time nacional na Copa do Mundo, a Olimpíada será a primeira competição disputada pela seleção dentro do país.

Misturando futebol e política, algo raro entre os treinadores brasileiros, Micale disse que o time vai mostrar no torneio que está "preocupado com o nosso povo".

"A única forma que temos de representar isso é jogar futebol com entrega total, sem individualidades, sem olhar só para o próprio umbigo... Se isso vier, será maior que só a medalha", afirmou o técnico.

Ele disse acreditar que a sua seleção pode também refletir as mudança do país.

"Nós, que temos oportunidade numa competição com tantas atenções, podemos falar ao nosso povo sem palavras, com trabalho nos pés. Aqui, existem homens comprometidos, sensíveis ao que acontece no Brasil, com repúdio muito grande à corrupção", completou Micale.

Brasileiros na Rio-2016

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