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Olimpíada promoverá unidade do país, diz Temer em inauguração de metrô

O presidente interino Michel Temer participou, na manhã deste sábado (30), da cerimônia de inauguração do trecho do metrô do Rio que liga a zona sul da cidade à Barra da Tijuca, zona oeste.

Temer disse que a Olimpíada do Rio será fundamental para promover a unidade do país e também a paz internacional.

"Tenho convicção que a Olimpíada servirá para irmanar, fraternizar o Brasil como um todo, mas também revelar o Brasil mais uma vez aos olhos internacionais", disse o presidente.

Diego Padgurschi/Folhapress
O presidente interino Michel Temer inaugura a linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, principal legado de transporte dos Jogos
O presidente interino Michel Temer inaugura a linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, principal legado de transporte dos Jogos

O trecho, que tem 16 quilômetros de trilhos e cinco estações entre Ipanema, na zona sul, e a Barra da Tijuca, na zona oeste, foi inaugurado para as Olimpíadas, mas ainda não funcionará para o público em geral.

Só terão direito a utilizar o metrô pessoas com credenciais para acessar as instalações olímpicas e espectadores que tenham o bilhete especial de transporte para os Jogos.

Num palanque montado dentro da estação, Temer disse que o Rio vai mostrar ao mundo que o Brasil é capaz internamente e internacionalmente. Segundo ele, o esporte revela a "capacidade do país".

"O Rio de Janeiro é hoje a capital do Estado, mas a partir do dia 5 será a capital do mundo", disse Temer, tentando demonstrar otimismo.

Ao lado do governador interino do Rio, Francisco Dornelles (PP), e do prefeito Eduardo Paes (PMDB), Temer viajou no metrô da Praça General Osório, em Ipanema, até a estação Jardim Oceânico, na Barra, onde chegou às 11h14.

Diego Padgurschi/Folhapress
Temer chegou à inauguração de metrô, acompanhado de aliados políticos
Temer chegou à inauguração de metrô, acompanhado de aliados políticos

O interimo foi recebido por diversos políticos, como o ministro dos Esportes, Leonardo Picciani (PMDB) e o governador licenciado do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

O presidente interino brincou com Pezão e afirmou que o câncer do governador do Rio, que vem sendo tratado há pelo menos cinco meses, teria sido uma "coisa útil" para o colega de partido.

"Há coisas que parecem maléficas, mas que vem para o bem. Você está melhor do que antes, está até mais bonito. Acabou sendo uma coisa útil para o Pezão", disse Temer, em tom de brincadeira.

Pezão, licenciado para o tratamento de um câncer, fez a primeira aparição pública. Com a cabeça raspada em função do tratamento da doença, ele chegou ao local com sua mulher, Maria Lúcia Rosa Martins.

Temer foi saudado por curiosos que, debruçados nas grades que cercavam a estação, diziam "viva Temer". Ele fez um aceno discreto e esboçou um sorriso. Um senhor aproveitou para gritar "fora Lula".

Considerado um dos maiores legados em mobilidade que o Rio de Janeiro ganhará com os Jogos Olímpicos, a linha 4 do metrô foi também uma das mais polêmicas por causa dos atrasos nas obras.

METRÔ

A linha inaugurada neste sábado vai transportar 300 mil pessoas por dia, o que poderia retirar 4 mil veículos em circulação entre a Barra da Tijuca e a zona sul da cidade por hora de pico.

As obras, que começaram em 2010, custaram R$ 10,4 bilhões, dos quais R$ 8,5 bilhões foram recursos do governo do Estado do Rio e o restante da concessionária Rio Barra. O valor inclui também as obras de integração com a linha 1, já existente.

Ricardo Borges/Folhapress
Interior da estação Jardim Oceânico da linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, inaugurada para a Olimpíada

Apesar do atraso na inauguração do metrô, Paes disse repetidas vezes que foi um "milagre" ter construído os 16 quilômetros e as estações da linha em seis anos.

"O tempo que os moradores vão ganhar [com a redução do tempo de viagem] significa mais 50 dias por ano para ficar com as famílias, para lazer", disse Paes, em discurso na inauguração.

Paes citou o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), ausente do evento. Segundo o prefeito, Cabral teria circulado recentemente pelas estações para conhecer as obras.

Cabral foi convidado, mas não compareceu. Documentos da Lava Jato indicam que o ex-governador recebeu R$ 2,5 milhões de propina da Odebrecht relacionados à obra. O ex-governador nega.

O evento também teve a presença do presidente do COB e da Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, e do presidente do COI, Tomas Bach.

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