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Sem estar 100%, Nadal se apoia ao espírito olímpico para disputar os Jogos

O espírito olímpico é o que parece estar movendo o tenista espanhol Rafael Nadal, 30. Mesmo sem estar 100% fisicamente desde que uma lesão no punho o tirou das quadras, há mais de dois meses, o tenista, ex-número um do mundo e atualmente o quinto da lista, tem se esforçado para disputar os Jogos do Rio.

"A Olimpíada é o evento mais importante do esporte mundial. Se você não quer estar no evento mais importante do esporte mundial, então é difícil entender qual é a sua motivação para o resto das coisas", afirmou o espanhol em maio, após alguns atletas desistirem dos Jogos.

Nadal pode conseguir nesta Olimpíada sua segunda medalha dourada. Ele obteve seu primeiro ouro no torneio de simples de Pequim-2008, aos 22 anos.

Na entrada da Vila Olímpica carioca, mostrou disposição para fazer fotos com voluntários e atletas —muitas delas divulgadas nas redes sociais. Quase 12 horas depois de desembarcar, sorria no ônibus que levava o time espanhol ao treino da manhã desta segunda (1º). Na quadra, fez embaixadinhas com a bolinha de tênis antes de devolve-la aos austríacos, que treinavam na quadra ao lado.

Pelo que apresentou no treinamento, o pulso não parece ser mais um problema. Os golpes com a mão esquerda saíram com potência. Assim como o saque.

Veterano

Os Jogos do Rio serão a terceira Olimpíada do tenista espanhol, que já esteve várias vezes jogando em quadras cariocas. No ano passado, até desfilou ao lado de Guga na Marquês de Sapucaí.

Estreou nos Jogos em Atenas-2004, nas duplas, e foi eliminado logo na primeira partida, contra os brasileiros André Sá e Flavio Saretta.

O primeiro sucesso em Olimpíadas veio com o ouro em Pequim-2008, derrotando o chileno Fernando Gonzalez na decisão. Mas há quatro anos, em Londres, teve uma dupla decepção.

Lesionado, não viajou à Inglaterra. Além do torneio de tênis, perdeu também a chance de ser o porta-bandeira da delegação. Posto que finalmente ocupará neste ano.

"Nada na minha carreira fez eu me sentir tão mal quanto a decisão de não disputar os Jogos de Londres", lembrou, em fevereiro.

Em abril deste ano um novo indício de que o clima olímpico é importante para o espanhol. Ele desmentiu categoricamente a notícia de que não ficaria na Vila Olímpica se viesse ao Rio.

"[A vila] está melhor do que esperávamos pelas notícias que ouvimos na Espanha, tem água quente e tudo funciona", disse David Ferrer, que está escalado para jogar as duplas com Nadal.

O capitão espanhol também minimizou o sol e o calor das quadras do Centro de Tênis. "Temos isso também na Espanha. Quando jogamos aqui em fevereiro estava muito mais quente", disse.

Todo o time espanhol, que além de Ferrer e Nadal tem mais três tenistas na competição masculina, deve voltar às quadras nesta terça (2) para treino. E talvez Nadal e o capitão espanhol já tenham uma definição sobre a participação do astro nos Jogos —ele não confirmou se disputará tanto o torneio de simples quanto o de duplas.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

DIFICULDADES

Nove vezes campeão no saibro de Roland Garros, entre 2005 e 2014, Nadal terá como desafio o piso rápido das quadras olímpicas cariocas.

Além disso, também preocupa o alto nível da chave dede simples da Olimpíada.

"O nível está muito bom", disse Ferrer, apesar de algumas desistências do torneio.

Entre os cinco melhores do mundo, apenas Roger Federer, terceiro no ranking da ATP (Associação de Tenistas Profissionais), anunciou que não disputará os Jogos devido a uma contusão que deve tirá-lo das quadras até 2017.

Número um do mundo, o sérvio Novak Djokovic, chegou ontem ao Rio. O britânico Andy Murray, segundo do ranking, também jogará.

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