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Seleção feminina de futebol estreia com vitória e sai aplaudida do Engenhão

A Olimpíada começou para o futebol com jeitinho de Copa do Mundo.

Gritos tradicionais de jogos da seleção masculina, e que marcaram o Mundial de 2014, como "sou brasileiro, com muito orgulho e amor" e "Olê, Olê, Olê, Brasil, Brasil", entoaram no estádio do Engenhão, na vitória de 3 a 0 do Brasil sobre a China, nesta quarta (3), pelo Grupo E do futebol feminino.

Acostumada a jogar para pequenos públicos, que não chegam a mil espectadores em jogos do Campeonato Brasileiro da modalidade, por exemplo, as jogadoras do Brasil dominaram a partida contra as chinesas, e ganharam a simpatia dos torcedores.

Todo lance era aplaudido, mesmo quando o gol não saia (e foram muitos perdidos durante a partida), ou quando falhava na zaga — no finalzinho do primeiro tempo a lateral Fabiana tentou recuar de cabeça para a goleira Barbara, mas quase marcou contra.

Nesse momento, porém, o jogo já estava 1 a 0, gol da zagueira Mônica, aproveitando falha da goleira Zhao Lina em cruzamento de Marta. A cinco vezes melhor do mundo, por sinal, esteve discreta na primeira etapa, vendo a atacante Beatriz ter destaque.

Marta melhorou na etapa final, e o técnico Vadão mostrou ter estrela. Ele colocou Andressinha na vaga de Thaisa, e no primeiro toque na bola da volante ela lançou Marta, que cruzou para Andressa Alves ampliar o placar.

Aos 35 min, Vadão preferiu até poupar Marta, com o jogo controlado, e a tirou de campo para colocar Debinha. A meia foi muito aplaudida pelos torcedores e entregou a faixa de capitão para Formiga - aos 38 anos, ela completou sua sexta Olimpíada ao entrar em campo no Engenhão, e se tornou a atleta brasileira com mais Jogos no currículo, passando a levantadora Fofão.

Com o jogo ganho, os torcedores passaram a fazer "duelos" de gritos de clubes. Primeiro o hino do Flamengo, vaiado por alguns, depois gritos de "Fogão", em referência ao Botafogo. No minuto final, Cristiane, de cabeça, fez o gol dela - o 13° em Olimpíadas, ela que é maior artilheira da história da competição.

Na preliminar, a Suécia bate a África do Sul por 1 a 0. Brasileiras e suecas se enfrentam no sábado (6), às 22h, novamente no Engenhão, em partida que deve definir a líder da chave.

PROBLEMAS

Os torcedores tiveram dificuldade para entrar no estádio. Primeiro, o portão da ala leste demorou uma hora para ser aberto porque não havia a chave do cadeado. Bombeiros precisaram ser chamados para quebrá-lo - a versão oficial da organização da Rio-2016 é que o problema era em uma máquina de raio-x.

Depois esse portão teve grandes filas, diferentemente da entrada do outro lado, a oeste, que estava livre. Para desafogar, a organização liberou a entrada daqueles com entradas da leste pela oeste, mas sem aviso adequado, poucos sabiam e mudavam de direção.

Dentro do estádio, alguns torcedores relataram problemas para encontrar os assentos e que os voluntários estavam mal informados. Entre o jogo preliminar e o principal, os bares não estavam aceitando cartão, com problema nas máquinas.

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