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Limitações de orçamento e físicas ditaram as regras da abertura, dizem diretores

"Gambiarra rocks." Foi assim que a diretora criativa da cerimônia de abertura da Olimpíada, Daniela Thomas, definiu a apresentação, que acontecerá na próxima sexta-feira (5), às 20h, no Maracanã.

Limitações de orçamento e físicas do estádio ditaram as regras do espetáculo, dizem os diretores criativos.

Thomas e os outros dois diretores, os cineastas Fernando Meirelles e Andrucha Waddington, fizeram uma apresentação sobre o espetáculo à imprensa nesta quinta (4).

Waddington chegou a dizer que a versão da festa que será apresentada amanhã é a quarta planejada. Todas as outras foram vetadas por falta de recursos.

"Não tem com o que fazer, mas temos que fazer, então faremos", disse Thomas.

Será um espetáculo "analógico", segundo Waddington. "Só tem uma coisa high-tech, uma projeção. Compramos muitas coisas no Saara."

O orçamento não foi divulgado. Segundo Mário Andrada, diretor de comunicação da Rio- 2016, o valor das quatro cerimônias –abertura e encerramento olímpico e paraolímpico– foi calculado junto. Ele será revelado ao final dos Jogos.

"O que podemos dizer é que será muito menos do que as anteriores", disse Waddington.

As limitações, no entanto, não vão atrapalhar a qualidade, dizem os diretores.

"É a cerimônia mais 'cool' que eu já produzi", disse Março Bolich, produtor executivo das cerimônias.

Ainda que a coletiva de imprensa tenha sido pouco reveladora dos detalhes da festa –Meirelles chegou a pedir que um PowerPoint com fotos da apresentação não fosse exibido–, algumas informações novas surgiram em relação ao que se viu no ensaio geral do último domingo (31).

Veja o vídeo

A atriz britânica Judi Dench será a única estrangeira a participar da cerimônia. Junto com Fernanda Montenegro, ela lerá um poema. Qual será não se sabe.

Todos os artistas que vão participar o farão de graça –não houve cachê.

A Rio-2016 conta com a presença de entre 8 e 12 mil atletas no desfile, mas o número não está fechado.

"É comum atletas não irem. Michael Phelps nunca foi", disse Andrada.

Será uma cerimônia com mensagens, principalmente sobre paz e aquecimento global, causa cara a Meirelles.

Os pilares conceituais são a natureza, a diversidade e a alegria dos brasileiros.

"A gente tenta passar as pessoas por uma série de sensações que façam elas se questionarem se vale a pena maltratar as pessoas, as cidades", disse Meirelles.

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