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Governo federal assume maior custo com manutenção de instalações após Jogos

O manutenção dos equipamentos olímpicos após os jogos custará aos cofres públicos pelo menos R$ 59 milhões por ano. A conta foi apresentada esta quinta-feira (4), após acordo entre o governo federal e a prefeitura do Rio, que serão responsáveis pela fatura.

O governo federal vai arcar com a mair parte da verba: R$ 46 milhões por ano, com recursos dos ministérios da Defesa e dos Esportes. Os recursos vão bancar a manutenção dos equipamentos do Parque Olímpico de Deodoro.

A prefeitura busca um parceiro para gerir equipamentos do Parque Olímpico da Barra, mas terá que desembolsar R$ 13 milhões por ano como contrapartida nos custos de manutenção. O edital de Parceria Público Privada (PPP) foi lançado no final de junho.

Em entrevista coletiva para anunciar o plano, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, disse que os equipamentos de Deodoro serão inseridos na recém-criada Rede Nacional de Treinamento, lançada no último dia 29.

"Os equipamentos olímpicos serão o topo da pirâmide dessa rede", disse ele, ao explicar que a rede unifica a gestão de centros de equipamento espalhados pelo Brasil, que atuam desde a iniciação esportiva ao alto rendimento.

As instalações do Rio serão usadas parta treinamentos e competições oficiais. Aquelas que eram do Exército, como o centro de tiro, continuarão sob a gestão do Ministério da Defesa.

A prefeitura vai transformar o Parque Radical, sede das provas de BMX, mountain bike e canoagem slalom em um parque municipal. No verão deste ano, a área foi aberta para a comunidade, já nos moldes do que a prefeitura espera para o período pós-Olímpico.

Ricardo Cassiano/PCRJ
Parque Radical, sede de modalidades como canoagem e ciclismo mountain-bike, deve se tornar um parque municipal
Parque Radical, sede de modalidades como canoagem e ciclismo mountain-bike, deve se tornar um parque municipal

No caso do Parque Olímpico da Barra, o plano prevê a preservação do Centro Olímpico de Tênis, do Velódromo e das arenas Carioca 1 e 2 como equipamentos esportivos - esta última concedida à iniciativa privada também para realização de eventos.

A Arena carioca 3, a maior delas, será transformada em escola em tempo integral e dois equipamentos serão desmontados: a arena do Futuro, que será transformada em quatro escolas municipais; e o estádio de natação, que será desmembrado em duas piscinas nos bairros de Madureira e Campo Grande.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que quatro empresas manifestaram interesse na PPP de operação e manutenção das instalações. A concorrência seria aberta nesta quarta, mas foi adiada para o fim do mês.

Picciani disse que o plano do legado foi entregue para avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU) nesta quinta. Prevê ainda a doação de materiais comprados para os equipamentos, incluindo pisos para diversas modalidades a prefeituras e governos estaduais por meio de chamada pública.

Ao todo, o governo gastou R$ 118,7 milhões na compra dos materiais.

A construção dos equipamentos custou R$ 7 bilhões. Deste total o governo federal entrou com R$ 2,01 bilhões e a prefeitura do Rio, com R$ 737 milhões. O restante foi pago pela iniciativa privada, em troca da exploração imobiliária da área após os jogos.

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