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Mais madura após deixar casa dos pais, Sarah Menezes tenta seu segundo ouro

A judoca Sarah Menezes, 26, teve de aprender a se virar para chegar aos Jogos do Rio com chance de medalha.

A mudança da piauiense para a cidade-sede dos Jogos de 2016, há um ano, não aprimorou apenas aspectos técnicos da medalhista de ouro em Londres-2012. Ela cresceu e, como diz a treinadora da seleção Rosicleia Campos, "agora é uma mulher".

É uma Sarah mais madura que vai tentar neste sábado (6) o primeiro bicampeonato olímpico no judô brasileiro, a partir das 10h na Arena Carioca 2, no Parque Olímpico.

A judoca da categoria ligeiro (até 48 kg) se mudou para o Rio porque os meninos com quem treinava no Piauí cresceram e ela não tinha mais com quem praticar.

Somava-se a isso uma certa acomodação após o ouro olímpico. Ela engordou quase 10 kg e teve a vaga nos Jogos Olímpicos ameaçada pela judoca Natália Brígida.

Naquela época, ela acumulou maus resultados em competições internacionais. Ficou fora do pódio nos principais torneios de 2014 e 2015.

O COB (Comitê Olímpico do Brasil) então decidiu trazê-la ao Rio para acompanhar de perto sua recuperação. Sarah foi morar pela primeira vez fora da casa dos pais.

"O início foi muito difícil para ela. Quase ficou em depressão. Eu ia para o Rio ficar dez dias. Minha mão ia às vezes também", contou a irmã, Samia Menezes, 36.

A judoca era uma das poucas atletas do primeiro time do COB que fora formada e permanecia fora do eixo Rio-São Paulo. Para Sarah, ficar no Piauí misturava valorização regional, confiança no seu primeiro técnico, Expedito Falcão, conforto e apoio permanente dos pais.

"Acredito muito no potencial do meu treinador. Qualquer local pode ter uma pessoa com o mesmo perfil. Você não precisa sair para uma cidade grande para ser um destaque", disse a judoca.

Aos poucos ela se adaptou. Passou a morar em frente ao Parque Aquático Maria Lenk, centro de treinamento do COB para diversas modalidades, entre elas o judô.

Os resultados melhoraram. Conquistou o Grand Prix de Havana no início do ano e subiu no pódio nas três competições internacionais seguintes. Está em quinto no ranking mundial da categoria.

"Ela amadureceu de forma geral. Era um pouco bicho do mato. Hoje é supercomunicativa", disse Rosicleia Campos.

Após os Jogos, já é esperado o retorno dela para o Piauí, onde novos meninos foram formados para seu treino.

Mas a primeira coisa que ela pensa em fazer é visitar a cidade do namorado, o judoca Loic Petri, 25, que vai disputar a categoria meio-médio (até 81 kg) na Olimpíada.

"Vou assistir aos Jogo e depois vou para Paris ficar com meu namorado", disse Sarah.

Que esporte é esse? - Olimpíada - Folha de S.Paulo

CHANCE DE MEDALHA

Sarah é uma das candidatas ao ouro. O COB espera dela ao menos uma medalha. As favoritas são as judocas Urantsetseg Munkhbat (Mongólia) e Otgontsetseg Galbadrackh (Cazaquistão).

A primeira é líder do ranking mundial, acumulou oito títulos internacionais neste ciclo olímpico. Venceu 13 das 18 lutas que fez este ano. Seu domínio neste ciclo fez a conterrânea, Otgontsetseg Galbadrackh, mudar a nacionalidade para disputar a Rio-2016 pelo Cazaquistão.

Já a Otgontsetseg Galbadrackh foi ao pódio nas sete competições que disputou este ano. Nasceu na Mongólia, mas mudou a nacionalidade para fugir da concorrência de Urantsetseg Munkhbat. Atualmente, é a quarta colocada no ranking mundial.

NA TV
Judô
10h - SporTV 2

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